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Estado de Minas

ONGs denunciam novas destruições de casas de refugiados sírios no Líbano


postado em 09/08/2019 19:55

Cinquenta ONGs internacionais denunciaram nesta sexta-feira (9) a destruição, por parte das autoridades libanesas de centenas de residências de refugiados sírios, um processo que qualificaram de "traumatizante".

Na quinta-feira, as forças armadas libanesas destruíram parcialmente 350 casas improvisadas instaladas em quatro acampamentos da região de Akkar, no norte do Líbano, indicou em um comunicado o Fórum de ONGs Internacionais libanês, do qual fazem parte Oxfam, o Conselho Norueguês para Refugiados e os Mercy Corps.

Ao menos, outras cinco ações similares foram realizadas nesta sexta na mesma região, segundo a mesma fonte.

As autoridades libanesas, que temem a instalação permanente no país dos refugiados, consideram ilegais as construções mais ou menos permanentes e só autorizam as construções de madeira, com lonas ou de plástico.

Recentemente, ordenaram que foram destruídas pelos próprios refugiados ou pelo exército.

Segundo as ONGs, 47 pessoas, entre elas um menor, foram detidas na quinta-feira porque não tinha "permissão de residência legal".

"É excessivo deter os refugiados sobre esta base", indicaram no comunicado.

As ONGs pedem às autoridades para "cessar as demolições e trabalhar com a comunidade, inclusive os refugiados, os donos [de residências] e as prefeituras para encontrar uma solução".

Estas destruições ocorrem pouco mais de um mês da data de vencimento do prazo aos refugiados na região libanesa de Aarsal (nordeste), fronteiriça com a Síria, para destruir suas residências.

No total, cerca de 35.000 refugiados sírios em Líbano poderiam ser afetados pelas demolições, inclusive os 15.000 de Aarsal, segundo a agência da ONU para os refugiados (Acnur).

Com uma população de quatro milhões de habitantes, o Líbano acolhe entre 1,5 milhão e dos milhões de sírios, um milhão deles inscritos como refugiados pela ONU.

Mais da metade dos sírios registrados no Líbano e que fugiram do seu país pela guerra vivem na "pobreza extrema", segundo a ONU, em campos improvisados no vale de Bekaa (centro) ou em edifícios abandonados.

A guerra na Síria, que começou em 2011, deixou mais de 370.000 mortos e levou milhões de pessoas a fugir do país.


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