Jornal Estado de Minas

Bachelet censura sanções dos EUA à Venezuela

A Alta Comissária da ONU para os Diretos Humanos, Michelle Bachelet, intensificou nesta quinta-feira (8) as críticas aos Estados Unidos pelas sanções impostas à Venezuela, que considerou "extremamente amplas", com o potencial de agravar a situação vulnerável da população.

"Estou profundamente preocupada pelo impacto potencialmente severo nos direitos humanos das pessoas na Venezuela do novo conjunto de sanções unilaterais impostas pelos Estados Unidos da América esta semana", declarou Bachelet em comunicado.

A administração do presidente americano, Donald Trump, ordenou congelar todos os ativos do governo venezuelano de Nicolás Maduro nos Estados Unidos e proibiu transações com suas autoridades.

"Essas sanções são extremamente amplas e não contêm as medidas suficientes para mitigar o impacto nos setores da população mais vulneráveis", acrescentou.

A ex-presidente do Chile ressaltou que essas sanções incluem exceções para transações relativas a alguns alimentos, roupa e medicamentos.

"Entretanto, é possível que ainda assim cheguem a exacerbar a crise em que vivem milhões de pessoas venezuelanas", ressaltou.

A Alta Comissariada da ONU, que criticou o governo de Maduro especialmente por sua repressão violenta contra os protestos, enfatizou agora que as sanções impostas pelos Estados Unidos em 2017 e em janeiro desse ano haviam piorado mais "a grave crise" na Venezuela.

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