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Estado de Minas

Situação frustra tentativa de pedido impeachment contra presidente paraguaio


postado em 07/08/2019 17:31

A maioria dos deputados do governista Partido Colorado se ausentou nesta quarta-feira (7) da sessão ordinária da Câmara para evitar dar entrada a um pedido de abertura de processo de impeachment apresentado pela oposição contra o presidente conservador Mario Abdo.

"Não existe a mais mínima possibilidade de julgamento político", disse o presidente da Câmara dos Deputados, o colorado Pedro Alliana, depois de suspender a sessão "por falta de quórum".

Apenas 39 dos 80 deputados se apresentaram. Um total de 32 legisladores opositores colocaram cartazes em frente a suas bancadas com a frase: "Julgamento político já!".

Este pedido está relacionado à crise política que começou na semana passada, depois que se soube que o Paraguai havia assinado com o Brasil um acordo secreto sobre a distribuição de energia da hidrelétrica binacional de Itaipu desfavorável a Assunção. O acordo, contudo, foi anulado pelo Brasil.

"Primeiro o país e depois o partido. Não queremos que hoje pessoas que não tenham vencido as eleições entrem na presidência da República pela janela", enfatizou Alliana.

O deputado se referiu assim à possibilidade de que o presidente do Senado, o liberal Blas Llano, fique encarregado da presidência caso Abdo e seu vice-presidente sejam destituídos.

Segundo Alliana, os opositores "já estavam, inclusive, repartindo cargos diante da possibilidade de destituição do presidente".

O porta-voz do governo disse que seu movimento político Honor Colorado, alinhado ao ex-presidente Horacio Cartes, não se oporá às investigações para determinar a responsabilidade dos acusados de ter negociado contra os interesses do Paraguai.

A deputada liberal Celeste Amarilla assegurou que os colorados advertiram a oposição que suspenderão todas as sessões em que se pretenda introduzir o assunto.

"Os colorados condicionam que não se fale mais do julgamento político. Se alguém tocar nesse tema, todos vão se levantar e ir embora. Agora também decidem quando podemos falar", lamentou.


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