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Estado de Minas

Principal grupo jihadista na região síria de Idlib recusa proposta de 'área desmilitarizada'


postado em 03/08/2019 19:31

O líder do grupo jihadista Hayat Tahrir al Sham (HTS, antigo braço sírio da Al Qaeda), Abu Mohamad Al Julani, descartou neste sábado (3) qualquer retirada de uma futura zona desmilitarizada na região de Idlib, no noroeste da Síria, após o início de uma trégua com o governo.

Julani fez esta declaração durante um encontro organizado pelo HTS com jornalistas radicados em Idlib.

Na noite de quinta-feira passada, o governo de Bashar Al Asad proclamou uma trégua nesta região, dominada pelo HTS e atingida há três meses por bombardeios quase diários lançado por Damasco e Rússia, seu aliado.

O regime sírio anunciou uma trégua nesta região, condicionando-a à aplicação de um acordo de distensão firmado em setembro de 2018 entre Rússia e Turquia para a criação de uma área desmilitarizada, que deve separar os territórios dominados pelos jihadistas e os rebeldes dos controlados pelo governo.

"O que o regime não tomou militarmente e pela força não será obtido pacificamente, pela negociação e política [...] Nós nunca iremos nos retirar da área", que deve ser desmilitarizada sob um acordo alcançado por Rússia e Turquia em setembro, disse Julani.

Esta futura área desmilitarizada em Idlib, que encontra-se em meio de um conflito por conta da recusa dos jihadistas em se retirar das cidades que dominam, deve separar os territórios controlados pelos jihadistas e os rebeldes daqueles dirigidos pelo regime.

"Nós não vamos mudar a nossa posição, mesmo que nos peçam isso nossos amigos ou nossos inimigos", acrescentou o líder do HTS, que insistiu que seu grupo é contrário a eventual envio de tropas russas para a futura "zona desmilitarizada", como estipula o acordo firmado em setembro de 2018 entre Rússia e Turquia.

Este acordo permitiu evitar uma grande ofensiva durante os primeiros meses que se seguiram à sua assinatura, mas a violência ganhou intensidade desde o final de abril.

Nesse período, a força aérea síria bombardeava essa província e regiões adjacentes controladas por jihadistas ou rebeldes nas províncias de Alepo, Hama e Latakia. Pelo menos 790 civis morreram, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

A escalada da violência na região forçou a fuga de mais de 400 mil moradores desde abril, segundo a ONU.

A guerra na Síria, que eclodiu em 2011 após a dura repressão do governo às manifestações pró-democracia, já matou 370 mil pessoas e deixou milhões de refugiados.


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