Jornal Estado de Minas

Após 16 anos, Estados Unidos retomarão pena de morte em nível federal


O procurador-geral dos Estados Unidos, Bill Barr, anunciou nesta quinta-feira (25) que o governo federal retomará a prática da pena capital, após um intervalo de 16 anos.


"O Departamento de Justiça defende o Estado de direito, e devemos às vítimas e às suas famílias levar adiante a sentença imposta por nosso Sistema Judiciário", declarou Barr.


Já foram marcadas as datas das execuções de cinco indivíduos sentenciados à morte por assassinato. Eles serão executados na penitenciária de Terre Haute, em Indiana.


O primeiro condenado será executado em 9 de dezembro de 2019. Trata-se de Daniel Lewis Lee membro de um grupo racista que assassinou três pessoas de uma mesma família. Entre as vítimas, estava uma menina de oito anos.


De acordo com o Departamento de Justiça, todos estes condenados esgotaram seus recursos de apelação, não havendo qualquer impedimento para sua execução.


Seguindo a orientação do presidente Donald Trump, que reivindicava a adoção de sentenças mais duras para crimes violentos, Barr determinou ao Escritório Federal de Presídios (BOP, na sigla em inglês) que adote um novo protocolo para injeção letal, a exemplo de 14 estados.


O objetivo é abrir caminho para a execução de penas de morte.


No ano passado, houve 25 execuções nos Estados Unidos. Todas foram realizadas por autoridades estaduais para pessoas condenadas por acusações também no âmbito estadual, e não federais.


O governo federal tem cerca de 60 pessoas no corredor da morte nas prisões federais.


Devido aos debates sobre os métodos de execução e a polêmicas sobre as drogas usadas, além das reservas do presidente anterior, o democrata Barack Obama, nenhum detento federal foi executado desde 2003.


Barr ordenou que o BOP execute o procedimento por meio de uma única injeção letal de fenobarbital (fenobarbitona), um barbitúrico que substitui um método que usava três drogas diferentes.

.