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Estado de Minas

Socialistas e Podemos negociam para que Sánchez possa tomar posse


postado em 24/07/2019 18:12

A poucas horas da votação decisiva, os socialistas e a esquerda radical do Podemos continuam sem alcançar um possível acordo, colocando em risco a investidura de Pedro Sánchez como presidente do governo espanhol nesta quinta-feira.

Desde que o Parlamento espanhol rejeitou na terça-feira, em uma primeira votação, a posse como chefe de governo de Sánchez, os dois partidos começaram a correr contra o tempo para negociar e tentar encontrar uma posição comum.

O objetivo era alcançar o primeiro governo de coalizão à esquerda na Espanha desde 1936, ano em que eclodiu a Guerra Civil.

Mas a negociação progrediu com bastante dificuldade, e parecia estagnada a poucas horas após a segunda votação, que será realizada por volta das 14h25 locais (9h25 de Brasília) de quinta-feira.

Como forma de pressionar a esquerda radical, os socialistas divulgaram um documento de trabalho na noite de quarta-feira com as exigências de Podemos, que incluem uma vice-presidência e cinco ministérios.

"A proposta é considerada irreal", disse uma fonte do governo à AFP. "Não há acordo em torno disso", declarou.

Durante o dia, o negociador-chefe do Podemos, Pablo Echenique, fez uma reunião com a vice-presidente de saída, Carmen Calvo, após a esquerda radical denunciar que os chamados ministérios de Estado - Relações Exteriores, Interior, Justiça e Defesa - foram vetados a eles, bem como a presença de seu líder, Pablo Iglesias, no governo.

"O Podemos não quer entrar no governo a qualquer preço, queremos habilidades para desenvolver políticas sociais em Igualdade, no Trabalho, na Fazenda e na Transição Ecológica", disseram fontes do partido.

Entre seus requisitos, também está uma vice-presidência, que poderia recair sobre Irene Montero, número dois do partido e mulher de Iglesias.

- 'Tempos complicados' -

Na votação desta quinta-feira, uma maioria simples será suficiente para Sánchez, de 47 anos, mas com apenas 123 deputados socialistas na câmara baixa, de 350 assentos, ele precisa se entender com os 42 congressistas do Podemos.

Um acordo entre os partidos de esquerda garantiria o apoio, ou a abstenção, de outros partidos regionais, como o separatista Esquerda Republicana da Catalunha (ERC).

Mas, se fracassar, Pedro Sánchez terá dois meses para tentar novamente, caso contrário, novas eleições legislativas, a quarta em quatro anos, serão realizadas em 10 de novembro.

Mas esperar por setembro complicaria as coisas, como lembrou Gabriel Rufián, um porta-voz da ERC, que estará "ao virar da esquina" da decisão da Suprema Corte sobre os 12 líderes separatistas processados entre fevereiro e junho, uma questão que promete reacender o desafio da soberania catalã.

"Serão tempos complicados para fazer política", alertou ele.

Rufián já tinha acusado Sánchez de ter sido "irresponsável e negligente ontem".

Sánchez é firmemente contrário à principal exigência dos separatistas de um referendo de autodeterminação na Catalunha.


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