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Estado de Minas

Ex-presidente do Peru é preso nos EUA após pedido de extradição por corrupção


postado em 16/07/2019 19:31

O ex-presidente peruano Alejandro Toledo foi preso nos Estados Unidos após um pedido de extradição do Peru, onde é acusado de corrupção no caso da Odebrecht, informou o Ministério Público do país.

"O Ministério Público, através da Unidade de Cooperação Judicial Internacional, informa que o ex-presidente, Alejandro Toledo Manrique, foi detido nesta manhã por mandato de extradição, nos Estados Unidos", informou o organismo em sua conta do Twitter.

"O ex-presidente se encontra em sua primeira apresentação às autoridades judiciais americanas, como parte do processo orientado a conseguir seu retorno ao país", acrescentou.

O departamento americano de Justiça confirmou que "esta manhã o Serviço de Delegados dos Estados Unidos (United States Marshals Service) deteve Alejandro Toledo, o ex-presidente do Peru, atendendo a um pedido de extradição do governo peruano".

O encarregado do caso é o juiz Thomas S. Hixson, da Corte Federal do Distrito Norte da Califórnia, em San Francisco, que decretou a prisão preventiva de Toledo após um primeiro comparecimento.

"A audiência de detenção está programada para a próxima sexta-feira, às 10H30 local (14H30 Brasília)".

Toledo é acusado pelo Ministério Público que investiga o caso da Lava Jato/Odebrecht de ter recebido 20 milhões de dólares da empreiteira brasileira para que lhe outorgasse a licitação da rodovia Interoceânica, que liga o Peru ao Brasil.

Também é acusado de crimes de tráfico de influência, conluio e lavagem de dinheiro em prejuízo ao Estado peruano.

Toledo, de 73 anos, que governou o Peru entre 2001 e 2006, e mora na Califórnia, Estados Unidos, nega as acusações e se declara inocente.

Heriberto Benítez, advogado do ex-presidente, disse à imprensa que a captura não significa que se tenha aprovado uma extradição e que este é o início de um processo de extradição nas mãos dos Estados Unidos.

Em março de 2019, o empresário peruano-israelense Josef Maiman, amigo pessoal de Toledo, assinou um acordo de colaboração com a Justiça e confirmou que a Odebrecht depositou não 20, mas 35 milhões de dólares como propina nas contas do ex-presidente, segundo informes da imprensa.

O advogado criminalista César Nakazaki destacou que o processo de extradição contra Toledo "pode demorar de seis a oito meses e que será uma dura batalha legal para o Peru".

Toledo é um dos quatro ex-presidentes peruanos envolvidos no escândalo Odebrecht.

Os outros três são Alan García (1985-1990 e 2006-2011), que se suicidou em abril momentos antes de ser detido por supostos subornos envolvendo a construção do metrô de Lima; Ollanta Humala (2011-2016) e Pedro Pablo Kuczynski (2016-2018).

A Odebrecht admitiu à Justiça americana ter pago 29 milhões de dólares em subornos a governos peruanos nos últimos anos.


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