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Estado de Minas

G20: Trump brinca com Putin, elogia Bolsonaro e bate papo com príncipe saudita


postado em 28/06/2019 12:37

Donald Trump tentou fazer nesta sexta-feira, no início do G20, demonstrações de camaradagem com alguns líderes mundiais polêmicos, do príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman a Jair Bolsonaro, passando por Vladimir Putin, com quem ele fez uma piada muito comentada na cúpula.

Antes da tradicional foto oficial do G20, o presidente americano subiu no estrado junto a Putin, falou com ele e deu uma palmadinha em suas costas.

Pouco depois, Trump fez uma piada que deu origem a uma conversa em um momento em que as investigações parlamentares sobre as ligações entre a Rússia e a campanha eleitoral do republicano durante a eleição presidencial de 2016 prosseguem nos Estados Unidos.

Trump e Putin posaram diante de jornalistas antes do início de sua reunião bilateral.

No meio da confusão, perguntaram a Trump se ia pedir a seu colega russo que não interferisse na próxima eleição presidencial de 2020, à qual o magnata já foi oficialmente indicado para a reeleição.

Trump, em seguida, virou-se para Putin, com um sorriso zombeteiro, e disse: "Nenhuma interferência nas eleições, presidente". Então repetiu: "Sem interferência".

Vladimir Putin, atento à tradução, apenas sorriu.

Donald Trump também foi muito cordial em Osaka com o príncipe herdeiro saudita Mohamed bin Salman, chamado de "MBS".

O presidente americano, durante a foto oficial, falou longamente com "MBS".

Poucos dias antes, um relatório de um especialista da ONU havia envolvido o príncipe herdeiro na morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi.

Trump e "MBS" planejam um café da manhã de trabalho no sábado. Ambos concordam em exercer pressão máxima contra o Irã, grande rival regional da Arábia Saudita e inimigo declarado de Washington.

O presidente dos Estados Unidos também manteve uma reunião bilateral com o chefe de Estado brasileiro, Jair Bolsonaro, na qual inúmeras gentilezas foram trocadas.

"Ele é uma pessoa muito especial", disse Trump, referindo-se a Bolsonaro. "Muito amado pelo povo brasileiro", acrescentou.

"Sou um de seus maiores admirados há muito tempo, inclusive antes de sua eleição", respondeu Bolsonaro.

O presidente brasileiro, que compartilha uma certa propensão à provocação com Donald Trump e seu ceticismo sobre a mudança climática, apressou-se em postar no Twitter uma foto dos dois sorrindo vitoriosamente e com os polegares para cima.

Trump também elogiou a chanceler alemã, Angela Merkel, durante sua entrevista, descrevendo-a como "pessoa fantástica, uma mulher fantástica".

Mas a chanceler permaneceu impassível, mesmo quando o presidente americano tentou criar um momento de cumplicidade com ela, citando seus adversários democratas:

"Eu prefiro estar com você do que diante da minha televisão" (vendo o debate entre os pré-candidatos democratas à presidência dos Estados Unidos).

Não houve reação da parte de Merkel, talvez até incomodada pelos recentes comentários de Trump sobre uma Alemanha "deficiente", que se aproveita da proteção militar dos americanos.

Mas a reunião bilateral mais esperada, entre Donald Trump e Xi Jinping, será realizada no sábado e é improvável que o presidente chinês ceda a exibições efusivas.

Os dois homens tentarão resolver seu conflito comercial e tecnológico.

Em jogo está nada mais nada menos do que o bom funcionamento da economia global.


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