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Estado de Minas

G20 inicia Cúpula de Osaka


postado em 28/06/2019 01:55

A Cúpula do G20 foi inaugurada oficialmente nesta sexta-feira, em Osaka, com a guerra comercial como pano de fundo de uma esperada reunião bilateral entre o presidente americano, Donald Trump, e seu homólogo chinês, Xi Jinping.

Após criticar duramente alguns de seus parceiros comerciais, Trump baixou o tom nesta sexta-feira, em uma cúpula que também abordará o aquecimento global, a crise no Irã e as negociações comerciais UE-Mercosul.

"É uma pessoa fantástica, uma mulher fantástica e estou contente de tê-la como amiga", afirmou Trump após uma reunião bilateral com a chanceler Angela Merkel.

Antes de chegar a Osaka, Trump declarou ao canal Fox Business que "a economia chinesa está em queda e eles querem um acordo".

As duas maiores economias do planeta adotaram tarifas de importação mútuas nos últimos meses, que no caso de Washington chegam a 200 bilhões de dólares em produtos chineses. E a Casa Branca ameaça ampliar a medida.

"Há outros 325 bilhões aos quais ainda não impus tarifas, estão maduros para os impostos, para aplicar tarifas", afirmou Trump a Fox.

"Iniciar uma guerra comercial, impor tarifas, prejudicar os demais e a si mesmo não resolverá o problema", respondeu em Pequim o porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Geng Shuang.

Além da China, Trump não hesitou em chamar de "inaceitáveis" as tarifas da Índia aos produtos americanos.

Sobre a crise no Irã, Trump declarou que "não tem pressa" para resolver as tensões, apesar do espectro de um conflito militar.

"Temos muito tempo. Não há pressa. Não há qualquer pressão com o tempo. Esperamos que no final isto funcione. Se funcionar, bem, se não, vamos ouvir falar disto".

- Nuvens no Acordo Mercosul/UE -

Horas antes da abertura da Cúpula, o presidente francês, Emmanuel Macron, declarou que não assinará o longamente negociado tratado entre o Mercosul e a União Europeia se o Brasil se retirar do Acordo Climático de Paris.

O acordo, assinado em 2015, compromete os 195 países signatários a reduzir as emissões de gases de efeito estufa, causadores do aquecimento global.

"Eu não quero negociar acordos com pessoas que não seguem o Acordo de Paris", disse Macron na noite de quinta-feira no Japão, a caminho da cúpula do G20, em Osaka.

"Se o Brasil deixar o Acordo de Paris, não poderemos assinar acordos comerciais com eles", acrescentou.

"A razão é simples: nós estamos exigindo dos nossos fazendeiros que parem de usar pesticidas, de nossos negócios que reduzam as emissões. Isso tem um custo competitivo", acrescentou Macron.

A afirmação do presidente francês acompanha as declarações de Merkel, que disse querer uma "conversa direta" com Jair Bolsonaro sobre o "dramático" desmatamento na floresta amazônica.

Mas Merkel disse que a questão não atrasaria um acordo comercial. "Eu acho que não concluir o acordo não é a resposta para o que está acontecendo no Brasil".

Bolsonaro reagiu afirmando que a "Alemanha tem muito o que aprender com o Brasil" na área do meio ambiente.

"Nós temos exemplos para dar para a Alemanha, inclusive sobre meio ambiente. A indústria deles continua sendo fóssil, em grande parte de carvão, e a nossa não. Então, eles têm a aprender muito conosco".

Um acordo entre o Mercosul e a UE representaria um golpe ao protecionismo, em um momento em que Trump recua em acordos comerciais internacionais e está envolvido em uma nociva guerra de tarifas com a China.


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