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Estado de Minas

Trump menciona possibilidade de guerra curta contra Irã


postado em 26/06/2019 20:26

Os Estados Unidos estariam em uma posição forte em caso de guerra contra o Irã, motivo pelo qual um eventual conflito "não iria durar muito" tempo - declarou o presidente Donald Trump à rede Fox Business News, nesta quarta-feira (26).

Ao ser perguntado sobre o tema, o presidente disse esperar que não haja guerra. "Mas estamos em uma posição muito forte, se uma coisa dessas chegar a acontecer. Estamos em uma posição muito forte e posso dizer que não iria durar muito. E não estou falando de tropas no terreno".

Na atual crise com a República Islâmica, que se agravou depois de o Irã derrubar um drone de vigilância dos EUA na semana passada, Trump se mostrou tanto duro quanto conciliador.

Disse que todas as opções estão sobre a mesa e ameaçou adotar novas sanções, mas, ao mesmo tempo, ofereceu a possibilidade de diálogo a Teerã para renegociar o acordo nuclear multilateral. Washington abandonou este pacto no ano passado.

Essa saída é vista como a gênese da deterioração das relações entre os dois países no último ano.

Em meio à escalada de tensão, o presidente iraniano, Hassan Rohani, disse nesta quarta-feira (26) que o Irã "não busca a guerra com país algum", nem mesmo com os Estados Unidos.

"O Irã não tem interesse em aumentar a tensão na região e não busca a guerra com país algum, incluindo os Estados Unidos", declarou Rohani, em conversa por telefone com o presidente francês, Emmanuel Macron, segundo a agência oficial de notícias iraniana Irna.

Sobre o futuro do acordo internacional envolvendo o programa nuclear iraniano, ameaçado desde a retirada unilateral dos Estados Unidos, em 2018, Rohani expressou a decepção dos iranianos com o que Teerã considera a inação dos países europeus.

Rohani insistiu que "a adesão do Irã (ao acordo sobre o programa nuclear concluído em 2015) estava condicionada às promessas europeias de assegurar os interesses econômicos do país, nenhuma delas concretizada".

As palavras, no entanto, contrastam com o teor muito severo de uma nota publicada pelo almirante Ali Shamjani, secretário-geral do Conselho Supremo de Segurança Nacional, ligado aos conservadores, publicada na terça-feira pela agência Fars.

No documento, o oficial afirma que não há nada a esperar dos europeus e que o Irã aplicará de forma "resoluta" a segunda fase do "plano de redução" dos compromissos na área nuclear, a partir de 7 de julho.

Isto significa que o Irã voltará a enriquecer urânio a um nível proibido pelo acordo de 2015 de Viena e reativará o projeto de água pesada em Arak (centro), atualmente suspenso.

As palavras de Rohani, porém, dão a entender que ainda existe margem para salvar o acordo e reverter as decisões.

Pelo acordo de Viena, o Irã se comprometeu a não produzir armamento atômico e a limitar drasticamente seu programa nuclear, em troca da suspensão parcial das sanções internacionais que asfixiavam sua economia.

- Nova frente na ONU -

A disputa entre EUA e Irã chegou quarta-feira ao Conselho de Segurança da ONU, ao qual Washington pediu para atualizar a lista negra de pessoas ligadas ao regime iraniano, após uma queixa sobre omissões nas proibições de viagens e congelamento de ativos na lista da ONU.

Essa lista contém 23 indivíduos e 61 entidades ligadas a atividades nucleares do Irã, e inclui Ghasem Soleimani, chefe da força Al Qods, ramo exterior dos Guardiães da Revolução, o exército de elite da República Islâmica.

O Irã, por sua vez, disse ao Conselho de Segurança que não pode salvar "apenas" o acordo nuclear de 2015, aumentando a pressão sobre os países europeus, sobre a Rússia e sobre a China.

A República Islâmica está em processo de retomar parte de seu programa nuclear, depois de anunciar que no fim de junho superará o limite imposto de 300 kg de urânio enriquecido, em violação do acordo assinado em Viena.

"O Irã tem feito muito e mais do que o que lhe corresponde para preservar o acordo", disse o embaixador iraniano na ONU, Majid Takht Ravanchi, ressaltando que a partir de agora o seu país não se preocupará em manter o acordo.


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