Israel protestou contra o Chile depois que o presidente Sebastián Piñera visitou na terça-feira com um ministro palestino a mesquita de Al-Aqsa, um local sagrado e altamente instável em Jerusalém.
Em imagens publicadas nas redes sociais, Piñera aparece acompanhado por representantes palestinos, incluindo o ministro das Relações Exteriores Fadi al-Hadami.
O status de Al-Aqsa, conhecida pelos judeus como o Monte do Templo e localizada próxima ao Muro das Lamentações, é uma das questões mais sensíveis no conflito entre israelenses e palestinos.
É o lugar mais sagrado do judaísmo e o terceiro do Islã, depois de Meca e Medina, administrado pela fundação muçulmana Waqf e protegido pela polícia israelense.
De acordo com o ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz, o embaixador chileno Rodrigo Fernández recebeu a queixa sobre a visita de Piñera "em violação dos regulamentos e um acordo prévio".
"A liberdade de culto, que Israel cumpre mais do que ninguém, deveria ser separada da salvaguarda de nossa soberania no Monte do Templo", disse no Twitter nesta quarta-feira.
Os dignitários estrangeiros normalmente coordenam com os representantes israelenses suas visitas ao local sagrado.
Uma fonte oficial da delegação chilena disse que a visita foi "privada", com a participação "apenas da delegação chilena".
Piñera, que chegou a Tel Aviv na segunda-feira, vai se reunir com o presidente israelense Reuven Rivlin e com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu no final do dia.
Israel ocupou Jerusalém Oriental, a parte palestina de Jerusalém, na Guerra dos Seis Dias em 1967, e a anexou depois.
O Chile abriga a maior comunidade de expatriados palestinos do mundo. Sebastián Piñera se encontrará com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, em Ramallah, na quinta-feira, antes de viajar para o Japão.