Dois soldados americanos morreram nesta quarta-feira no Afeganistão, anunciou a Otan, um dia depois de uma visita a Cabul do secretário de Estado Mike Pompeo, que afirmou ter a esperança de um anúncio de acordo de paz com os talibãs "antes de 1 de setembro".
As identidades dos soldados e as circunstâncias das mortes não foram divulgadas no comunicado da missão 'Resolute Support' da Otan, que tem como objetivo formar e assessorar as forças afegãs.
Os talibãs reivindicaram em um comunicado uma emboscada na província de Wardak, perto de Cabul, que matou dois soldados americanos. A AFP não conseguiu confirmar com fontes da Otan se este era o mesmo ataque.
Nove soldados americanos morreram desde o início do ano no país, contra 12 vítimas fatais em 2018.
No início de abril, um atentado com carro-bomba contra um comboio militar matou três soldados americanos.
Quase 2.300 militares americanos morreram e mais de 20.400 ficaram feridos no Afeganistão desde o fim de 2001, quando uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos expulsou os talibãs do poder.
O número de mortes de militares americanos caiu a partir de 2014, quando a missão da Otan deixou de ser uma missão de combate.
Em janeiro, o presidente afegão Ashraf Ghani afirmou que 45.000 membros das forças de segurança do país morreram desde que ele assumiu o cargo em setembro de 2014.
Representantes do governo americano e os talibãs iniciaram negociações para tentar acabar com 17 anos de conflito.
Na terça-feira, o secretário Estado americano Mike Pompeo fez uma rápida visita a Cabul e declarou que espera um acordo de paz até 1 de setembro.
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