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Estado de Minas

Mina de carvão alemã é ocupada por ativistas ambientalistas


postado em 22/06/2019 13:27

Centenas de ativistas contra o carvão entraram neste sábado em uma mina a céu aberto no oeste da Alemanha, que reduziu sua atividade desde sexta, no âmbito de um protesto de vários dias.

Após escaparem das forças de ordem, centenas de ativistas ambientalistas do Ende Gelände, vestidos de branco e equipados com mochilas com acessórios de camping, conseguiram entrar no local da mina de Garzweiler, constatou a AFP.

Seu objetivo é paralisar a atividade da mina explorada pela empresa energética RWE, que aprovisiona várias usinas de carvão da bacia mineira do Reno.

Desde sexta-feira, uma das maiores usinas de carvão da Alemanha, a usina de Neurath, aprovisionada pela mina de Garzweiler, desacelerou sua atividade devido a uma primeira operação exitosa dos ativistas do Ende Gelände.

Cerca de 500 pessoas se instalaram sobre os trilhos, alguns inclusive construindo pequenas cabanas, interrompendo assim o tráfego dos trens que proveem combustível.

Ao final cerca de 8.000 manifestantes, em sua grande maioria estudantes de ensino médio do movimento "Sexta pelo Futuro", se juntaram neste sábado em Keyenberg, um povoado vizinho ameaçado de destruição pelos projetos para ampliar a mina de Garzweiler.

"Este dia é motivo de esperança. Apesar do fracasso sem precedentes dos políticos que enfrentam a crise climática, milhares de pessoas enviam hoje um sinal claro de justiça climática. Seja um protesto, uma greve escolar ou um bloqueio, este movimento está decidido a pôr fim à era dos combustíveis fósseis", disse Kathrin Henneberger, porta-voz do Ende Gelände.

Na sexta, entre 20.000 e 40.000 pessoas provenientes de 16 países diferentes marcharam em Aachen, nos confins da Alemanha, Holanda e Bélgica, para pedir o fim do carvão e "ações concretas" pelo clima.

O movimento contra o carvão foi ganhando peso na Alemanha desde que o país abandonou a energia nuclear em 2011, o que prolongou a dependência deste mineral.

Recentemente o governo decidiu abandonar as energias de origem fóssil em 2038, um prazo que os ativistas consideram longo demais e que, além disso, carece atualmente de um calendário específico para o fechamento de minas e usinas elétricas.


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