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Estado de Minas

EUA pressiona Irã com envio de mais soldados ao Oriente Médio


postado em 17/06/2019 22:49

Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira o envio de mais tropas ao Oriente Médio e exortaram o mundo a "não ceder à chantagem nuclear" do Irã, após o anuncio de Teerã de que vai ignorar certas disposições do acordo internacional sobre seu programa nuclear.

"Os recentes ataques iranianos confirmam as informações confiáveis que recebemos sobre o comportamento hostil das forças iranianas", declarou o chefe do Pentágono, Patrick Shanahan.

"Autorizei o envio de mais mil soldados para propósitos defensivos para responder a ameaças aérea, naval e em terra no Oriente Médio", disse Shanahan, acrescentando que "os Estados Unidos não buscam conflito com o Irã", apenas "garantir a segurança e o bem-estar de nosso pessoal militar que trabalha em toda a região e proteger nossos interesses nacionais".

Os Estados Unidos publicaram nesta segunda-feira novas fotos que incriminariam o Irã no ataque a dois navios petroleiros na semana passada, no Golfo Pérsico.

As onze fotos publicadas pelo Pentágono incluem um objeto metálico circular de aproximadamente oito centímetros de diâmetro aderido ao casco do petroleiro japonês Kokuka Courageous, apresentado como um dos dispositivos utilizados para colocar uma mina magnética que não explodiu.

Os Estados Unidos afirmam que uma lancha militar iraniana retirou o dispositivo após o incidente, no dia 13 de junho.

Outra foto mostra a cavidade causada pela colocação de uma segunda mina no casco do mesmo petroleiro, que o Pentágono estima em mais de um metro de diâmetro.

"O Irã é responsável por este ataque, como revelam as provas em vídeo, e tem os recursos e habilidades necessários para retirar rapidamente uma mina sem explodir", destacou o Pentágono.

As imagens foram realizadas a partir de um helicóptero "Seahawk" da Marinha dos EUA.

Segundo especialistas em explosivos da Marinha dos Estados Unidos, a posição escolhida para as minas, acima da linha d'água, revela que o objetivo não era afundar os petroleiros.

Os Estados Unidos iniciaram uma investigação com a ajuda de outros países, que Washington não identificou.

- EUA denuncia chantagem atômica -

O mundo não deve "ceder à chantagem nuclear" do Irã, disse nesta segunda-feira (17) a porta-voz do Departamento de Estado americano, após Teerã anunciar que suas reservas de urânio enriquecido superarão este mês o limite previsto pelo acordo internacional de 2015.

"Estamos alertando a comunidade internacional que não devemos nos render à chantagem nuclear do regime iraniano", disse Morgan Ortagus a jornalistas em Washington. "Seguimos convocando o regime iraniano a cumprir seus compromissos com a comunidade internacional".

O Irã anunciou que suas reservas de urânio enriquecido superarão a partir de 27 de junho o limite imposto no acordo, aumentando a tensão após a retirada dos Estados Unidos do pacto em 2018.

À época, o presidente americano, Donald Trump, considerou insuficiente e inclusive perigoso este texto negociado durante o governo de seu antecessor, o democrata Barack Obama.

Até o momento, o Irã havia respeitado os limites do Acordo de Viena, assinado com seis grandes potências (Alemanha, França, Reino Unido, Rússia e China) além dos Estados Unidos.

Contudo, o contexto atual de fortes tensões entre Teerã e Washington mudou as condições.

Os Estados Unidos restabeleceram e fortaleceram as sanções econômicas que ficaram sem efeito após o acordo nuclear. Já o Irã anunciou em maio que deixaria de respeitar certas restrições a seu programa nuclear previsto nesse texto.

Ortagus afirmou que essas decisão "é infeliz", mas "não surpreende ninguém". "É por isso que o presidente disse sempre que" o pacto "deve ser substituído por um novo e melhor acordo".

"Vamos nos opor com a máxima pressão do governo dos Estados Unidos a qualquer ação que lhes permita (às autoridades iranianas) ter armamento nuclear".


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