O grupo chinês Huawei, objeto de sanções comerciais nos Estados Unidos, vai reduzir sua produção em 2019 e 2020 por um valor equivalente a 30 bilhões de dólares, anunciou o fundador da empresa Ren Zhengfei.
O valor representa uma contração de quase um terço da produção. Em 2018, a Huawei teve um faturamento de mais de 100 bilhões de dólares.
"Nos próximos dois anos, a empresa reduzirá sua produção em 30 bilhões de dólares", declarou Ren em uma entrevista coletiva na sede do grupo em Shenzhen, sul da China.
O fundador da Huawei revelou ainda que as vendas de 'smartphones' da empresa no exterior caíram 40%, após meses de pressão americana.
Ren, um ex-engenheiro do exército chinês, que fundou o grupo de telecomunicações nos anos 1980, comparou a Huawei a um avião avariado que voltará a ganhar impulso a partir de 2021.
"Em 2021, vamos recuperar nossa vitalidade para servir a humanidade", prometeu.
A Huawei, suspeita de espionagem em benefício de Pequim, foi vetada por vários países, incluindo Estados Unidos, que proibiu que suas empresas forneçam tecnologia ao grupo chinês.
A medida é um duro revés para a Huawei, número dois mundial na telefonia móvel, que depende dos chips eletrônicos americanos para fabricar seus smartphones.