A ONU mostrou preocupação, nesta quinta-feira, após as informações de que membros de milícias sudanesas e das Forças de Apoio Rápido estupraram coletivamente mulheres manifestantes e das equipes médicas durante a repressão aos protestos no país.
Uma alta funcionária da ONU para temas de violência sexual, Pramila Patten, disse que é necessário enviar uma equipe de direitos humanos do organismo para "examinar a situação no terreno, incluindo os supostos casos de violência sexual".
"Peço a interrupção completa e imediata de toda violência contra civis, incluindo a violência sexual", disse Patten, acrescentando que a ONU trabalha para verificar as informações sobre estupros no Sudão.
"Estas incluem estupros e estupros coletivos de mulheres manifestantes, defensoras dos direitos humanos e mulheres do pessoal médico", informou Patten.
Os manifestantes sudaneses acusam as Forças de Apoio Rápido, uma unidade paramilitar muito temida, de liderar em 3 de junho a repressão dos protestos, que deixou dezenas de mortos.