Os organizadores dos protestos em Hong Kong pretendem realizar outra manifestação gigantesca no domingo, anunciaram seus líderes nesta quinta-feira, um dia depois dos violentos confrontos na cidade entre a polícia e os ativistas que criticam um projeto de lei de extradição para a China.
A Frente de Direitos Humanos Civis também convocou uma greve em toda a cidade para segunda-feira, com o objetivo de manter a pressão sobre o governo deste centro financeiro na Ásia: os manifestantes desejam que o projeto de lei seja abandonado.
"Convocamos os cidadãos a unir-se às greves trabalhista, escolar e do comércio", afirmou Jimmy Sham, coordenador do grupo.
Ao mesmo tempo, o governo da China criticou o que chamou de "interferência" da União Europeia (UE) em Hong Kong, um dia após as críticas de Bruxelas ao projeto de lei de extradição na ex-colônia britânica.
"Nenhum país, nenhuma organização, nenhum indivíduo tem o direito de interferir nos assuntos de Hong Kong, que são assuntos exclusivamente internos chineses", afirmou o porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang.