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Estado de Minas

México nega acordo migratório 'secreto' com EUA


postado em 12/06/2019 12:19

O ministro mexicano das Relações Exteriores, Marcelo Ebrard, garantiu, nesta quarta-feira (12), que não existe um "pacto secreto" com os Estados Unidos e que "nunca" será aceita a presença de qualquer força armada do país vizinho.

A declaração foi dada depois de o presidente dos EUA, Donald Trump, ter dito que não foram revelados todos os compromissos migratórios.

"No relatório que entregamos ontem está tudo que foi falado reunião após reunião (com os americanos). Nesse relatório não há nada fora do que falamos. Tudo que falamos, ou com que nos comprometemos, está escrito lá", frisou o chanceler, em entrevista coletiva com o presidente Andrés Manuel López Obrador.

Na terça-feira, Trump afirmou que "a maior parte do acordo com o México não foi revelada!", depois de Ebrard ter antecipado detalhes do acordo em uma coletiva de imprensa.

Ebrard disse que o informe foi enviado para o Senado e que foi o mesmo apresentado a AMLO.

A resolução migratória bilateral firmada na semana passada resultou de ameaças de Trump na área comercial. O presidente americano prometeu impor aos produtos mexicanos tarifas crescentes, partindo de 5% até 25%, se o México não adotasse medidas para conter a onda de imigrantes em situação ilegal que atravessam o país rumo aos Estados Unidos.

Nesse embate, o México se comprometeu a mobilizar 6.000 homens da Guarda Nacional para a fronteira com a Guatemala e a contribuir para promover o desenvolvimento da América Central.

Com esse objetivo, o México criou uma comissão especial, que inclui um comandante do Exército mexicano e o responsável pelo sistema penitenciário para cumprir o acordo em no máximo 45 dias.

"Mas nunca aceitaríamos a presença de qualquer força armada dos Estados Unidos no nosso território. Nunca. Além disso, contraria nossa Constituição", frisou o chanceler.

Caso o fluxo de migrantes em situação ilegal não diminua no prazo mencionado, o México discutirá com os Estados Unidos a possibilidade de se tornar o "terceiro país seguro". Isso significa que migrantes que chegarem ao território mexicano terão de pedir asilo nesse país, e não nos Estados Unidos.


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