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Estado de Minas

Líderes de protestos na Nicarágua são soltos


postado em 11/06/2019 12:25

Os principais líderes dos protestos contra o governo de Daniel Ortega foram libertados nesta terça-feira (11), em virtude da lei de anistia aprovada no último fim de semana - informaram fontes opositoras.

Vídeos postados nas redes sociais mostravam os opositores libertados gritando "Nicarágua" e "justiça" com a bandeira do país.

Eles deixaram a prisão em um micro-ônibus da Cruz Vermelha Internacional e encontraram parentes.

O economista opositor Juan Sebastián Chamorro informou que 56 presos foram soltos hoje, um dia depois da libertação de outros 50.

Entre eles, estão os líderes camponeses Medardo Mairena e Pedro Mena, a estudante belgo-nicaraguense Amaya Coppens, os jovens Edwin Carcache e Byron Estrada, os jornalistas Lucía Pineda e Miguel Mora, e a comerciante Irlanda Jerez.

"Continuaremos informando", disse Pineda, que tem dupla nacionalidade - costarriquense e nicaraguense.

Também foram libertados dois jovens acusados de matar o jornalista Ángel Gahona, cujos familiares defendem a inocência dos identificados como responsáveis por sua morte.

O governo ainda não se pronunciou sobre a libertação dos prisioneiros.

A chegada dos opositores a suas casas foi motivo de alegria entre parentes e vizinhos que se aglomeraram em frente às residências com bandeiras da Nicarágua, balões e buzinas.

"Recebo com grande alegria a notícia de que estão fora da cadeia esses nicaraguenses que nunca deveriam ter estado lá", tuitou o bispo auxiliar de Manágua, Silvio Baez, um crítico de Ortega.

Os opositores foram presos por participarem de protestos contra o governo que eclodiram em abril de 2018. Sua repressão provocou uma crise política, que deixou 325 mortos, milhares de feridos e 62.500 exilados.

"Muito emocionante, muito feliz. Esperamos que nunca mais haja prisioneiros políticos na Nicarágua", disse Chamorro, junto com os pais e vizinhos do estudante Carcache.

Chamorro ressaltou que a libertação dos opositores também "é uma grande conquista dos parentes", que mantiveram a pressão para exigir sua soltura.

Antes das libertações de segunda e terça-feira, outros 386 opositores presos foram colocados em prisão domiciliar, mas o governo não informou se sua situação mudou.


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