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Estado de Minas

Líderes de protestos no Sudão chamam a 'desobediência civil'


postado em 08/06/2019 18:31

Os líderes dos protestos no Sudão chamaram, neste sábado, a uma "desobediência civil" a partir de domingo contra a repressão brutal que os manifestantes sofreram esta semana.

"A verdadeira desobediência (civil) começará a partir de domingo e só terminará quando for anunciado um governo civil" indicou a Associação de Profissionais Sudaneses (SPA), o principal grupo opositor em um comunicado.

Este chamado ocorre um dia depois da visita a Cartum do primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, que veio como mediador entre os manifestantes e o Conselho militar de transição, no poder desde a destituição do presidente Omar Al-Bashir, em 11 de abril.

Também ocorre cinco dias depois da violenta dispersão pelas forças de segurança de uma acampamento organizado desde 6 de abril em frente ao quartel general do exército em Cartum, como prolongação do movimento de protesto iniciado em dezembro.

Qualificada de "massacre" pelos manifestantes, esta dispersão foi seguida por uma onda repressiva esta semana. Segundo habitantes, foi imposto na cidade um clima de "terror".

Segundo médicos próximos ao protesto, mais de 100 pessoas morreram e mais de 500 ficaram feridas, em sua maioria durante a dispersão do acampamento. O governo negou essas cifras e deu um balanço de 61 mortos.

Para a SPA, a desobediência civil constitui "um ato pacífico capaz de fazer ajoelhar o mais poderoso arsenal de armas do mundo".

Esta nova forma de ação também ocorre após dois dias de greve geral, em 28 e 29 de maio, para pressionar o exército.

A forma que esta "desobediência civil" vai tomar não foi especificada ainda, e as ruas de Cartum estão quase desertas desde segunda-feira devido à repressão.


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