O Peru exigirá dos refugiados venezuelanos um "visto humanitário" além do passaporte, a partir do dia 15 de junho, diante de razões de segurança após a chegada de 800 mil imigrantes que fogem da crise política em seu país, informou o governo nesta quinta-feira.
"Diante da grave crise política e humanitária que vive a Venezuela, e visando ter uma imigração ordenada, regular e segura, as autoridades peruanas de controle migratório, cumprindo a lei vigente, apenas admitirão a entrada de titulares de passaportes com visto válido", anunciou a chancelaria, acrescentando que se trata de um visto "humanitário".
Os venezuelanos poderão solicitar o "visto humanitário nos consulados do Peru em Caracas e Puerto Ordaz", destacou a chancelaria.
De maneira excepcional, de acordo com o governo peruano, devido à crise humanitária na região, os venezuelanos poderão tramitar também o visto nos consulados em Bogotá, Medellín e Leticia, na Colômbia, e nos consulados peruanos em Cuenca, Guayaquil, Quito, Machala e Loja, no Equador.
Desde janeiro de 2017, cerca de 800 mil venezuelanos entraram no Peru para deixar seu país de origem e chegar à Colômbia e Equador.
O governo peruano havia estabelecido o dia 31 de outubro passado como último dia para a entrada de venezuelanos no país sem a necessidade de apresentar pasaporte, documento muito difícil de conseguir no país pelo alto custo e a burocracia local.
Cerca de 3,5 milhões de vezezuelanos deixaram o país por conta da prolongada crise econômica e política que atinge a Venezuela.