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Estado de Minas

Chefe de junta militar é reeleito primeiro-ministro da Tailândia


postado em 05/06/2019 14:18

O chefe da junta militar, no poder na Tailândia desde o golpe de Estado de 2014, general Prayut Chan-O-Cha, foi reeleito nesta quarta-feira (5) como primeiro-ministro pelo Parlamento.

O general superou os 375 votos necessários para a reeleição durante a votação parlamentar, superando seu rival, o jovem milionário Thanathorn Juangroongruangkit, que lidera uma coalizão que se opõe ao regime.

A votação aconteceu depois de mais de dois meses de intensas negociações do partido da Junta, o Palang Pracharat, para garantir uma maioria parlamentar.

Esta maioria foi obtida, graças ao apoio de vários movimentos conservadores, em particular o antigo Partido Democrata.

Thanathorn Juangroongruangkit, fundador e diretor do partido Futuro Novo, uma formação centrada nos jovens, obteve mais de seis milhões de votos nas eleições de 24 de março passado.

Com este resultado, tornou-se, então, a terceira força política no país. Uma série de problemas com a Justiça - denunciados como de natureza política - afetou, porém, o jovem empresário, cujo mandato como deputado foi temporariamente suspenso.

No final de maio, durante a primeira sessão do Parlamento, seu partido chamou a atenção. Os deputados de seu grupo se levantaram fazendo a saudação (três dedos levantados) do filme "Jogos Vorazes", símbolo no filme da revolta contra uma elite ditatorial.

Este gesto acabou por se transformar no sinal de apoio à oposição na Tailândia.

A oposição denuncia a maneira pela qual os militares contornaram as regras das eleições de março, as primeiras desde o golpe de Estado de 2014.

Ao garantir um controle total sobre o Senado por meio da nova Constituição - totalmente nomeado pelos militares -, o partido da Junta precisava de apenas 126 votos, de 500 deputados, para reeleger Prayut Chan-O-Cha.

Thanathorn praticamente não tinha chances de ser eleito, embora numericamente a coalizão de oposição que ele representa estivesse claramente à frente.

Os bons resultados de seu movimento, votado por mais de seis milhões de pessoas, mostram que a antiga divisão política na Tailândia entre facções "Vermelha" - reformista e próxima à influente família Shinawatra - e "Amarela", a elite conservadora que se alinhou com o Exército, foi superada.

No início de maio durante sua coroação, o novo rei da Tailândia, Maha Vajiralongkorn, insistiu na necessidade de "unidade" de seu reino.


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