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Estado de Minas

Polícia australiana realiza batida em TV estatal sobre vazamento de informações


postado em 05/06/2019 02:01

A polícia da Austrália realizou nesta quarta-feira uma batida na TV estatal ABC, a segunda operação deste tipo em 24 horas, como parte da operação para conter o vazamento de informações confidenciais.

Executivos da ABC revelaram que os policiais realizaram uma busca autorizada pela justiça nos escritórios da empresa em Sidney, e se concentraram em três jornalistas que participaram de uma investigação em 2017.

Neste ano, a ABC teve acesso a documentos que revelavam que as forças especiais australianas haviam matado homens e meninos inocentes no Afeganistão.

A Polícia Federal Australiana revelou que a batida tinha "relação com a publicação de material secreto, em violação da Lei sobre Crimes de 1914".

O editor executivo da ABC, John Lyons, revelou que os agentes exigiram o acesso às notas manuscritas, emails, rascunhos de artigos, imagens, gravações e senhas de acesso aos computadores dos três jornalistas.

"É incomum uma emissora nacional ser vasculhada desta forma", declarou o diretor da ABC David Anderson.

Na terça-feira, policiais vasculharam a casa de uma jornalista em Canberrra, após a publicação de informações sobre os esforços das autoridades para obter autorização para espionar os cidadãos australianos em suas residências.

As duas histórias (sobre o Afeganistão e a espionagem de australianos) foram baseadas em material potencialmente secreto e embaraçoso para as autoridades.

O primeiro-ministro, Scott Morrison, declarou em Londres que "a Austrália acredita firmemente na liberdade de imprensa e temos regras claras e dispositivos para proteger esta liberdade (...), mas também há regras claras para proteger a segurança nacional da Austrália, e todos devem agir de acordo com as leis aprovadas pelo nosso Parlamento".

O sindicato Aliança Australiana de Imprensa, Entretenimento e Arte disse que a invasão da residência da jornalista em Canberra foi um "odioso ataque à liberdade de imprensa que busca punir jornalistas por publicar histórias legítimas, que claramente são do interesse público".


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