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Estado de Minas

Tensões comerciais derrubam preço do petróleo


postado em 03/06/2019 20:14

Os preços do petróleo atingiram nesta segunda-feira o menor nível em três meses e meio depois de uma queda de quase 10 dólares em apenas três sessões, consequência da fuga de investidores, preocupados pelas tensões comerciais.

Em Londres, o Brent do Mar do Norte caiu a 61,28 dólares o barril, seu preço mais baixo desde o fim de janeiro.

Em Nova York, o WTI caiu a 53,25 dólares, o preço mais baixo desde meados de fevereiro.

Mais cedo, nas negociações na Ásia, o Brent caiu a 60,55 dólares, enquanto o barril de WTI alcançou 52,11, seus menores preços em três meses e meio e uma queda de cerca de 12% nas últimas três sessões.

"As preocupações sobre a macroeconomia alcançaram o petróleo", afirmaram os analistas da Goldman Sachs em nota.

A guerra comercial entre Estados Unidos e China é a principal preocupação do mercado.

"Nossos economistas acreditam que as tarifas aplicadas pelos dois países poderiam reduzir o PIB mundial em 0,3% nos próximos três anos, e talvez mais se a China relatiar", disseram analistas da Goldman Sachs.

A China acusou no domingo os Estados Unidos de serem os responsáveis pelo fracasso das negociações comerciais, o que dificulta a perspectiva de uma solução no curto prazo.

A perspectiva de um fator negativo que afete o PIB mundial costuma afetar a cotação do petróleo.

A preocupação com a demanda se intensificou com o aumento recente das reservas de petróleo nos Estados Unidos, os maiores produtores e consumidores do mundo.

"Isso afeta em particular o WTI americano, difícil de exportar" e muito dependente do mercado nacional, indica Bjarne Schieldrop, um analista do SEB.

Segundo as estimativas de várias agências financeiras, a produção da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) diminuiu novamente em maio, o que significa que a Opep "forneceu menos petróleo do que os seus compradores pedem".

Dois países da Opep, Venezuela e Irã, ainda sofrem as consequências das sanções de Washington a suas exportações de petróleo.

Os demais membros do cartel mantêm seus esforços para limitar sua produção no contexto da chamada Opep+, que também inclui a Rússia, entre outros países.

Esta situação significa que a produção fora dos Estados Unidos não responde à demanda global, "uma situação perfeita para que as reservas mundiais diminuam consideravelmente" nos próximos meses, diz Tamas Varga, analista da PVM.

No entanto, existe o risco de que "tudo afundará na próxima reunião da Opep e o acordo de limitação de produção não será renovado", disse o analista, o que aumentaria a oferta de petróleo no mercado.

A Opep+ tem que se reunir em breve, provavelmente em junho ou em julho, para decidir se o acordo será ou não estendido.


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