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Estado de Minas

'Obamacare' permite tratar melhor casos de câncer, apontam estudos


postado em 02/06/2019 18:19

A reforma do sistema de saúde americano, introduzida pelo ex-presidente Barack Obama, ajudou a melhorar o diagnóstico precoce do câncer de ovários e eliminar os desequilíbrios raciais no tratamento de vários outros tipos de câncer, segundo dois estudos.

As conclusões foram apresentadas na conferência anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO, na sigla em inglês) que reuniu neste fim de semana, em Chicago, especialistas internacionais em câncer.

O sucessor de Obama, Donald Trump, se comprometeu a eliminar este sistema se for reeleito em 2020.

Promulgada em março de 2010, a "Lei de Assistência Acessível" (ACA), mais conhecida como "Obamacare", permitiu a milhões de americanos obter seguro de saúde que combina as coberturas pública e privada. A legislação reduziu o percentual de americanos sem seguro de saúde de 16% em 2010 para menos de 12% em 2016.

"Ter um seguro de saúde representa um papel importante para uma mulher que tenha ou não acesso a profissionais da saúde que podem monitorar os sintomas e agir sobre eles, se for necessário", explicou Anna Jo Smith, do departamento de Ginecologia e Obstetrícia do hospital Johns Hopkins em Baltimore, que liderou o estudo sobre o câncer de ovários.

A taxa de sobrevivência de cinco anos para mulheres diagnosticadas com câncer de ovário em estágio inicial é de 75%, mas cai a 30% para as que são detectadas em uma etapa posterior.

Comparando dados anteriores ao "Obamacare" (2004-2009) com o período imediatamente posterior (2011-2014), o estudo conclui que os diagnósticos precoces aumentaram em 1,7%.

"Isso significa que das 22 mil mulheres diagnosticadas com câncer de ovário a cada ano nos Estados Unidos, quase 400 a mais foram diagnosticadas em uma etapa inicial e curável".

Os desequilíbrios entre brancos e negros em termos de diagnóstico também "virtualmente desapareceram" após a instauração do Obamacare, que permitiu ampliar o sistema "Medicaid" - que cobre os americanos mais pobres -, segundo outro estudo, dirigido por Amy J. Davidoff, da Universidade de Yale.

De acordo com os pesquisadores, antes desta reforma, os pacientes afro-americanos tinham uma probabilidade 4,8% menor que os pacientes brancos de receber tratamento o quanto antes depois do diagnóstico.

Desde sua adoção, o aumento do número de pacientes negros tratados a tempo (+6,1%) foi maior que o dos pacientes brancos (+2,1%), praticamente eliminando a diferença estatística por etnia.


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