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Estado de Minas

Arábia Saudita pede firmeza contra o Irã antes de cúpulas


postado em 30/05/2019 07:43

A cidade sagrada de Meca se prepara para receber os líderes árabes e muçulmanos em três encontros, nos quais a Arábia Saudita buscará o apoio de países da região contra seu grande rival, o Irã, após recentes ataques contra alvos petrolíferos no Golfo.

O ministro saudita das Relações Exteriores, Ibrahim al Asaf, criticou na quarta-feira a "interferência" iraniana na região após novas acusações do assessor americano John Bolton, que disse que Teerã estaria provavelmente por trás da sabotagem em 12 de maio contra navios petroleiros, perto dos Emirados Árabes Unidos.

As declarações foram feitas quando a Arábia Saudita, aliada sunita de Washington, busca isolar o Irã, seu grande rival xiita, e definir o tom antes destas três reuniões: a das monarquias do Golfo, a dos chefes de Estado árabes e a dos líderes de países muçulmanos.

"O apoio de Teerã aos rebeldes huthis no Iêmen é a prova de interferência do Irã nos assuntos de outras nações e é algo que (...) os países islâmicos deveriam rechaçar", disse Asaf.

O ministro saudita falou durante uma reunião de ministros das Relações Exteriores dos 57 membros da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI) na cidade de Jidá, perto de Meca, no oeste da Arábia Saudita.

Um representante de Teerã, Reza Najafi, autoridade do ministério iraniano das Relações Exteriores, participou da reunião preparatória da OCI, da qual o Irã é membro.

Asaf disse que os ataques no Golfo devem ser tratados com "firmeza e determinação".

As tensões na região aumentaram com o ataque em 12 de maio a quatro navios, dois deles petroleiros sauditas, ao largo da costa dos Emirados Árabes Unidos, bem como a multiplicação de disparos dos rebeldes huthis, apoiados pelo Irã, contra alvos sauditas, incluindo duas estações de bombeamento de um oleoduto.

Além disso, as tensões exacerbaram ainda mais em abril, quando a administração de Donald Trump incluiu a Guarda Revolucionária iraniana em sua lista de "organizações terroristas". Washington também reforçou as sanções contra o Irã depois de ter abandonado, há um ano, o acordo internacional de 2015 sobre o programa nuclear iraniano.

Na quarta, Teerã negou firmemente as acusações de Bolton, chamando-as de "ridículas".

Por outro lado, um fato significativo é que o Catar, que protagonizou uma grave crise diplomática com Riad e seus aliados em junho de 2017, enviou à Arábia Saudita o seu primeiro-ministro, o xeque Abdullah bin Nasser Al Thani.

Os Estados Unidos saudaram essa situação. Washington tentou nesses dois anos mediar a situação entre os dois países, porque a tensão atrapalhava sua estratégia de isolamento do Irã.


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