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Estado de Minas

Guaidó e Maduro dispostos a prosseguir contatos sob mediação da Noruega


postado em 29/05/2019 20:43

O presidente Nicolás Maduro e o líder da oposição Juan Guaidó se mostraram nesta quarta-feira dispostos a seguir tentando resolver a disputa pelo poder na Venezuela sob mediação da Noruega, após um primeiro encontro entre seus representantes que terminou sem acordo.

"Da parte da delegação do governo do presidente Nicolás Maduro seguiremos trabalhando pela paz, o entendimento, a democracia e a defesa da nossa Constituição", escreveu no Twitter o ministro da Comunicação, Jorge Rodríguez, um dos delegados do governo.

O governo norueguês emitiu um comunicado sobre a mediação do primeiro encontro "entre representantes dos principais atores políticos da Venezuela" em Oslo.

"As partes mostraram disposição para avançar na busca de uma solução acordada e constitucional para o país, que inclui os temas políticos, econômicos e eleitorais", indicou o Ministério norueguês de Exteriores.

Guaidó, autoproclamado presidente interino e reconhecido no cargo por 50 países, agradeceu a iniciativa norueguesa.

"Agradecemos ao governo da Noruega sua vontade em contribuir com uma solução para o caos que o nosso país sofre. Estamos dispostos a continuar junto deles", afirmou num texto encaminhado à imprensa.

Representantes de Maduro e de Guaidó celebraram nesta semana um primeiro encontro frente a frente sob os auspícios da Noruega, anunciado no começo de maio.

Em Oslo, "ratificamos nossa rota: cessar da usurpação (do governo por parte de Maduro), governo de transição e eleições livres, como via para solucionar a tragédia que hoje sofre a nossa Venezuela", expressou Guaidó.

"A mediação será útil para a Venezuela desde que existam elementos que permitam avançar em prol de uma verdadeira solução", continuou o líder parlamentar, que enfrentou críticas de um setor opositor contrário a um diálogo diante de várias tentativas frustradas anteriores.

Guaidó disse que de qualquer forma, o contato em Oslo "não detém os esforços da oposição em todos os âmbitos constitucionais" para forçar a saída de Maduro.

Desde que se proclamou presidente interino em 23 de janeiro, depois que o Parlamento de maioria opositora declarou ilegítima a reeleição do presidente socialista, Guaidó liderou manifestações multitudinárias, que perderam fôlego desde um motim frustrado em 30 de abril.

O líder opositor mantém todas as opções em aberto, entre elas a "cooperação internacional", enquanto mantém contatos com o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, principal aliado internacional do líder opositor, que não descarta uma opção militar para solucionar a crise no país sul-americano.

"É muito difícil que nestas primeiras aproximações ocorra algo. Os atores estão em posições antagônicas", avaliou o cientista político Luis Salamanca.

"Maduro não vai negociar sua saída do governo, e essa é a aspiração de Guaidó", acrescentou o especialista.

O líder opositor disse que apesar de tudo o contato em Oslo "não detém os esforços da oposição em todos os âmbitos constitucionais" para forçar a saída de Maduro.


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