O Banco Central do México reduziu sua estimativa de crescimento econômico para este ano devido a um desempenho menor que o esperado da atividade durante o primeiro trimestre, anunciou nesta quarta-feira (29) seu governador, Alejandro Díaz de León.
A instituição reduziu a perspectiva de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de uma faixa anterior de 1,1% a 2,1% para outra de 0,8% a 1,8%, segundo seu Relatório Trimestral de Inflação.
A economia mexicana, a segunda maior da América Latina, recuou 0,2% no primeiro trimestre do ano em relação aos três meses anteriores, devido a retrocessos nos setores industrial e de serviços.
Díaz de León disse em uma coletiva de imprensa que o ajuste na previsão do banco central reflete principalmente que os dados para o primeiro trimestre foram menores do que o previsto por "fatores de natureza transitória".
Entre esses fatores temporários estavam os problemas de distribuição da gasolina provocados pela cruzada do governo contra o roubo de combustível, os bloqueios às ferrovias que formavam membros do sindicato dos professores, bem como as greves registradas nas fábricas do norte do estado Tamaulipas.
Soma-se a isso a perda de dinamismo no consumo privado e o fraco desempenho do investimento.
O governador da instituição monetária acredita que a economia voltará a crescer nos próximos trimestres do ano.
"Para os próximos trimestres, a economia deve retomar o caminho de crescimento sustentado por condições positivas de demanda interna e externa", disse ele.