O Parlamento de Canadá deu nesta terça-feira o primeiro passo para aprovar o novo acordo de livre-comércio com México e Estados Unidos (T-MEC, na sigla em espanhol), cuja ratificação plena pode ocorrer no fim de julho, diz embaixador canadense em Washington.
Nesta terça, foi dada entrada em uma moção para implementar o acordo, que abre caminho para Ottawa apresentar formalmente o tratado ao Parlamento nesta quarta.
A ministra de Relações Exteriores, Chrystia Freeland, disse que o governo quer "avançar o máximo possível na aprovação do tratado em conjunto" com seus sócios, especialmente nos Estados Unidos.
O embaixador do Canadá em Washington, Dave MacNaughton, que está em Ottawa para informar funcionários, disse à imprensa que "há possibilidades consideráveis de aprovar este pacto antes do recesso de fim de julho".
"Como disse a ministra, queremos estar em posição de nos mover de forma simultânea com os Estados Unidos e o México", disse o diplomata.
Os três países assinaram o T-MEC, que substitui o Nafta, em vigor desde 1994, no fim do ano passado após vários meses de negociações. Para que entre em vigor, deve ser ratificado pelos respectivos poderes legislativos dos sócios.
O presidente americano, Donald Trump, reviu neste mês as tarifas que tinha imposto ao aço e ao alumínio do México e do Canadá, cumprindo, assim, a demanda de seus sócios que se recusavam a ratificar o T-MEC com essas tarifas em vigor.
Contudo, no Congresso dos Estados Unidos a oposição democrata continua a expressar preocupação com os temas do T-MEC relativos a direitos dos trabalhadores, resolução de disputas, entre outros.
Espera-se que nesta quinta-feira o ministro canadense, Justin Trudeau, discuta a implementação do tratado com o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, que visitará Ottawa neste dia.
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