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Estado de Minas

Iraque condena quarto francês à morte por pertencer ao EI


postado em 27/05/2019 11:31

Um quarto francês, um ex-militar que serviu no Afeganistão, foi condenado à morte nesta segunda-feira (27) no Iraque por pertencer ao grupo Estado Islâmico (EI), após a condenação de três no dia anterior.

Desta vez, o condenado é Mustapha Merzoughi, de 37 anos.

No domingo, Kévin Gonot, Léonardo Lopez e Salim Machou, foram condenados depois de terem sido presos na Síria por uma aliança curdo-árabe anti-EI e transferidos com outros nove franceses ao Iraque em fevereiro.

De acordo com a lei iraquiana - que prevê a pena de morte para qualquer um que tenha se juntado a uma organização terrorista -, os condenados têm 30 dias para recorrer.

Três outros franceses já haviam sido condenados por pertencerem ao EI no Iraque: Mélina Boughedir, de 27 anos, Djamila Boutoutaou, 28, e Lahcène Gueboudj, 58. Os três foram condenados à prisão perpétua, o equivalente a 20 anos no Iraque.

Os novos vereditos podem reavivar o debate sobre a espinhosa questão do retorno de jihadistas, que atrai grande rejeição da opinião pública na Europa.

Mustapha Merzoughi, ex-soldado do exército francês entre 2000 e 2010, serviu "no Afeganistão em 2009" de acordo com sua "confissão".

"As provas e sua confissão mostram claramente que ele se juntou ao Estado Islâmico e trabalhou em seu ramo militar. Por isso é condenado à morte por enforcamento", disse o juiz.

Durante a audiência, Mustapha Merzoughi, que falou em árabe com um sotaque tunisiano antes de pedir um intérprete, pediu perdão.

"Eu não sou culpado de crimes ou assassinatos. Sou culpado apenas de ter viajado" para a Síria, disse ele, acrescentando: "Peço desculpas ao povo iraquiano, ao povo sírio, à França e às famílias das vítimas".

Na França, ele viveu em Toulouse (sudoeste).

Antes desta audiência, durante os interrogatórios da instrução iraquiana, ele alegou ter "jurado lealdade a um líder do EI com um rosto mascarado em Mossul" porque, segundo explicou, "os líderes tinham medo de serem reconhecidos ou identificados por combatentes estrangeiros que temiam ser espiões".

Nesta segunda-feira, no entanto, ele negou lealdade ao EI. "Eu tive muitos problemas na França, foi por isso que parti: a propaganda do EI prometia uma casa, um salário, um casamento", afirmou. "Eu não me sinto um terrorista".

Recentemente, Bagdá, que já condenou mais de 500 estrangeiros por pertencerem ao EI, propôs também julgar os milhares de estrangeiros atualmente nas mãos dos curdos na Síria. Para isso, solicita do Estado de origem uma soma de dois milhões de dólares por pessoa.


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