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Estado de Minas

Pergunta do exército americano no Twitter expõe as sequelas das guerras


postado em 27/05/2019 06:25

Poucos dias antes da jornada em que os americanos prestam homenagens aos que morreram quando estavam nas Forças Armadas, o exército dos Estados Unidos perguntou a seus seguidores no Twitter como eles foram afetados pelo tempo de serviço, o que motivou repostas que deixaram expostas as sequelas dos combates.

A pergunta apresentada antes do "Memorial Day", o feriado desta segunda-feira, recebeu quase 10.000 respostas desde sua publicação no fim da semana passada, de contas anônimas ou com detalhes que não era possível confirmar de forma independente. Muitas mensagens expõem a dura realidade dos que participaram nas guerras que envolvem os Estados Unidos.

"TEPT (transtorno de estresse pós-traumático) com dor crônico", escreveu um usuário da rede social, sobre as guerras no Afeganistão e Iraque.

O governo americano iniciou a guerra no Afeganistão em 2001 e a guerra do Iraque em 2003. Os conflitos mataram milhares de soldados e deixaram ainda mais feridos. As tropas dos Estados Unidos permanecem mobilizadas nos dois países.

"Meu pai retornou dos combates no Iraque e foi abusivo, constantemente irritado, paranoico. Passou por muita terapia, mas sua saúde mental e física ainda está fora de jogo", comentou outra pessoa.

"Meu filho serviu e fez um turno pela OEF (Afeganistão), retornou, se alistou novamente e deu um tiro na cabeça", afirma outra resposta.

"O 'coquetel de combate'", escreveu outro, antes de descrever: "Transtorno de estresse pós-traumático, depressão severa, ansiedade. Isolamento. Tentativas de suicídio. Fúria sem fim. Custou a relação com meu filho mais velho e meu neto. Custou muito mais a alguns de meus colegas".

Nem todas as respostas foram sobre as consequências dos combates.

"Fui forçado a renunciar à minha comissão enquanto servia no Kuwait durante a primeira Guerra do Golfo porque sou gay", escreveu um homem.

O exército agradeceu as respostas com uma mensagem: "Suas histórias são reais, são importantes e podem ajudar outros em situações similares".

"Ao homenagear aqueles que fizeram o sacrifício máximo neste fim de semana, ao lembrar de seu serviço, também temos consciência do fato de que temos que cuidar daqueles que retornaram para casa com cicatrizes que não podemos ver", completa a nota do exército.


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