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Estado de Minas

Espanha comparece às urnas: Sánchez quer ganhar força no país e na Europa


postado em 26/05/2019 16:07

A Espanha celebrou neste domingo eleições triplas - municipais, regionais e europeias -, das quais o primeiro-ministro socialista, Pedro Sánchez, espera sair reforçado para formar seu novo governo e ganhar peso na Europa.

Segundo pesquisas telefônicas publicadas neste domingo ao fim da votação, os socialistas (PSOE) seriam vencedores das europeias na Espanha, com entre 28,4% e 30,3% de votos, 11 pontos a mais do que os conservadores do Partido Popular (PP).

Na Eurocâmara entrariam tanto o ex-presidente catalão Carles Puigdemont, na Bélgica desde a tentativa frustrado de secessão da Catalunha em outubro de 2017, como seu ex-vice-presidente, Oriol Junqueras, julgado na Espanha nesse processo.

Segundo outra pesquisa, neste caso a boca de urna, os partidos de esquerda ganhariam na prefeitura da capital, que permanecerá nas mãos de Manuela Carmena, e na região de Madri, que o PP poderá perder depois de 24 anos de domínio.

A participação às 18H00 (13H00 horário de Brasília), duas horas antes do término da votação, era de mais del 49%, 15 pontos a mais que nas europeias de 2014, um aumento que se explica pela concomitância com as eleições municipais, e as regionais em 12 regiões autônomas do país.

O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) de Sánchez venceu as legislativas de 28 de abril sem maioria absoluta e aguarda os resultados da votação de domingo para conhecer a configuração definitiva do novo cenário político nacional.

Em função dos resultados, Sánchez, que ainda não formou seu gabinete, saberá se terá condições de implementar seu plano A - governar sozinho, com apoios pontuais e variáveis no Parlamento ou será obrigado a passar ao plano B: incorporar a esquerda radical do Podemos ao Executivo para ganhar estabilidade.

"O PSOE pode precisar do apoio do Podemos para manter o poder em algumas regiões, o que o líder deste partido, Pablo Iglesias, poderia utilizar para pressionar Sánchez a formar uma coalizão de esquerda", opina Antonio Barroso, do instituto de análises Teneo, baseado em Londres.

"Se não entrar no governo, o Podemos corre o risco de ver seu apoio ser considerado uma muleta que não acrescenta nada, ainda mais depois de sua derrocada nas legislativas, quando passou de 71 deputados a 42", explica Manuel Mostaza, da consultoria Atrevia.

Uma das alianças cruciais aconteceria em Madri, uma das 12 autonomias que celebrarão eleições regionais.

Pela primeira vez em 24 anos, a esquerda pode vencer os conservadores do Partido Popular (PP) na capital, graças a uma chapa que inclui o candidato socialista Ángel Gabilondo como presidente, com o apoio do Podemos e uma lista dissidente destes últimos.

Devolvendo o "favor", os socialistas poderiam apoiar a continuidade de Manuela Carmena, apoiada por um setor do Podemos, como prefeita de Madri.

Sánchez estimula os eleitores a comparecer às urnas para completar o trabalho iniciado em 28 de abril, contra um PP que se apresenta como o "dique de contenção" da onda socialista, enquanto os liberais dos Cidadãos desejam arrebatar do Partido Popular a hegemonia da centro-direita.

A outra grande frente em disputa é a Europa, em uma Espanha a salvo da onda eurocética em voga em muitas outras nações.

De acordo com as pesquisas, será o único dos seis grandes países do bloco (Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Espanha e Polônia) onde os socialistas devem sair vitoriosos.

O chefe de Governo espanhol é a grande esperança da família social-democrata europeia, que de fato o encarregou de negociar em seu nome a próxima distribuição de altos cargos na UE: presidências de Conselho, da Comissão e do BCE, além do comando da diplomacia comunitária.


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