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Estado de Minas

As principais forças eurocéticas na União Europeia


postado em 26/05/2019 09:01

As forças eurocéticas, muito diversas, ganharam peso em muitos países da União Europeia (UE).

O euroceticismo nem sempre está em conformidade com as divisões políticas clássicas. Assim, alguns partidos de extrema direita não questionam a UE, enquanto uma parte da esquerda radical gostaria de se distanciar dela.

- Reino Unido -

Em princípio, os eurocéticos são a maioria no Reino Unido, onde 52% dos eleitores votaram a favor do Brexit no referendo de 2016. Mas, paradoxalmente, as dificuldades deste Brexit provavelmente farão com que os britânicos participem em maior número nas eleições europeias

Atualmente, dos 73 eurodeputados no país, uma boa parte dos 18 conservadores e 24 membros do UKIP (Partido da Independência do Reino Unido) eleitos em 2014 são hostis à UE.

Os últimos estão agora dispersos, divididos entre aqueles que permaneceram no UKIP e aqueles que se juntaram ao seu líder histórico, Nigel Farage, no Partido Brexit, que está ganhando força nas pesquisas.

- Hungria -

O primeiro ministro húngaro, Viktor Orban, baseou sua campanha eleitoral para o dia 26 de maio na denúncia das instituições europeias.

Depois de ter atacado, em vão, as cotas de acolhida de refugiados perante o Tribunal de Justiça da UE, seu governo é alvo de uma exigência de sanções por parte do Parlamento Europeu, que o censura por ter controlado a mídia, a justiça e as universidades.

O seu partido, Fidesz (com 12 eurodeputados dos 21 húngaros) foi suspenso em março do Partido Popular Europeu (à direita).

- Polônia -

O governo conservador do PiS (Partido da Lei e da Justiça, liderado por Jaroslaw Kaczynski, com 14 deputados dos 51) está ameaçado de sanções europeias por não respeitar o Estado de Direito em relação em uma reforma do Supremo Tribunal.

- República Tcheca -

Nomeado por Milos Zeman, presidente eurocéptico e pró-russo, primeiro-ministro Andrej Babis, do partido populista ANO (com dois eurodeputados de 21, mas quase 30% dos votos nas eleições legislativas de 2017), opôs Bruxelas à questão da imigração e arrisca um procedimento europeu para conflitos de interesses ligados ao seu império industrial.

Um partido de extrema direita e eurocéptico, o SPD (19 deputados nacionais de 200) pretende entrar no Parlamento Europeu.

- Romênia -

O governo social-democrata romeno está ameaçado pela Comissão de Sanções devido a um projeto polêmico para reformar o sistema judicial. O Presidente da República, Klaus Iohannis (centro-direita pró-europeu), convocou um referendo no mesmo dia das eleições europeias para se opor a esta reforma.

O homem forte do Partido Social Democrata é o ex-primeiro ministro Liviu Dragne, condenado por fraude eleitoral.

- Itália -

O governo italiano se opõe à maioria dos seus parceiros europeus, fechando seu litoral à chegada de refugiados e com a queda de braço com a Comissão por o seu orçamento para 2018.

Os dois partidos que o compõem, a Liga de Matteo Salvini (seis eurodeputados de 73) e o Movimento de 5 Estrelas de Luigi di Maio (12), basearam o seu sucesso em discurso anti-imigrantes e anti-UE, embora não defendam a saída do zona do euro.

- Áustria -

O líder do partido FPÖ de extrema-direita e eurocéptico, Heinz-Christian Strache, é o número dois no governo do chanceler conservador Sebastien Kurz.

O FPÖ (três eurodeputados de 18), que tem um discurso muito duro contra a imigração, deixou de lado a pretensão de sair da UE e do euro.

- Dinamarca -

O Partido Popular dinamarquês (três eurodeputados de 13), formação anti-imigração que propõe uma saída a médio prazo da UE, apoia o governo minoritário de centro-direita, embora não o integre.

- Estônia -

O partido eurocético de extrema-direita EKRE, que conseguiu um avanço nas eleições legislativas de 3 de março, mas não tem nenhum eurodeputado, participa desde 24 de abril do governo liderado pelo centrista Juri Ratas.

- Portugal -

O Bloco de Esquerda, que propõe uma saída do euro, mas não da UE; e o Partido Comunista, a favor do abandono da moeda única e eventualmente da UE, apóiam o governo socialista, embora não participem dele. Estas formações são representadas por quatro dos 21 eurodeputados portugueses.

- Finlândia -

O partido dos Verdadeiros Finlandeses (2 eurodeputados de 13), a favor da saída do euro, embora tenha deixado de lado o seu programa anti-europeu quando participou no governo entre 2015 e 2017, alcançou um grande sucesso nas eleições legislativas de 14 de abril.

Com um discurso anti-imigração e cético em relação às mudanças climáticas, ficou em segundo lugar, atrás dos social-democratas.

- França -

A Frente Nacional (15 eurodeputados de 74) foi rebatizada de Associação Nacional e baixou o discurso antieuropeu da campanha presidencial de 2017, embora mantivesse o seu discurso anti-imigrante. Encontra concorrência em outros movimentos, como Debout la France ou Patriotes, com dois deputados cada.

Na esquerda, o França Insubmissa (3) defende o não cumprimento dos tratados europeus em matéria orçamentária, mas não uma saída formal da UE.

- Alemanha -

O Alternativa para Alemanha (AfD), uma formação anti-euro e anti-imigrantes criada em 2013, conseguiu 12,6% dos votos nas legislativas de 2017, estremecendo o cenário político.

Em 2015 obteve sete eurodeputados (de 96) mas as deserções o deixaram com apenas um.

- Suécia -

Os Democratas da Suécia (dois eurodeputados), que planejam uma saída da UE, se posicionam como árbitros entre os dois grandes blocos dominantes, esquerda e direita.

- Holanda -

O Partido da Liberdade de Geert Wilders, anti-Islã (quatro deputados europeus) tornou-se em 2017 a segunda força do parlamento holandês.

Enfrenta a competição do Fórum para a Democracia, sem deputados, mas entrou no Senado em março.


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