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Estado de Minas

Começa no Marrocos julgamento de 12 acusados de estupro em grupo


postado em 21/05/2019 10:42

O julgamento de 12 homens acusados pelo sequestro e estupro em grupo de uma adolescente marroquina em agosto, um caso que comoveu o país, começou nesta terça-feira em um tribunal de Beni Mellal.

Em um vídeo publicado em agosto e que viralizou, Khadija, uma adolescente de uma família pobre - e que tinha 17 anos no momento dos crimes - contou que havia sido sequestrada, detida, violentada e martirizada durante dois meses por um grupo de homens de sua aldeia, Oulad Ayad, perto de Bein Mellal.

O depoimento, no qual mostra as marcas de queimaduras de cigarro e tatuagens que, segundo ela, os agressores fizeram em seu corpo durante o cativeiro, gerou indignação no reino e uma forte mobilização contra "a cultura do estupro e da impunidade".

Os 12 acusados, com idades entre 19 e 29 anos, comparecem ao tribunal de apelação de Beni Mellal, que julgará o grupo por acusações de "maus-tratos a seres humanos, estupro, formação de quadrilha, sequestro e confinamento".

Outro acusado será julgado de forma separada em 11 de junho porque era menor de idade no momento dos crimes.

"Ainda estou traumatizada, o que aconteceu comigo não é fácil de suportar", declarou à AFP a jovem.

"Espero com impaciência o início do tratamentos para tirar as tatuagens. Não posso olhar minhas mãos, recordo todos os dias o que aconteceu", disse.

O juiz pediu para observar as tatuagens durante o julgamento, afirmou o advogado de Khadija, Ibrahim Hachane.

A decisão de Khadija de romper o silêncio e expor os crimes publicamente é algo incomum em uma sociedade conservadora, que leva as vítimas a não denunciar pelo medo do que pode provocar sobre sua reputação e suas famílias.


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