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Estado de Minas

Polônia adota legislação mais dura contra pedófilos


postado em 16/05/2019 23:25

A Polônia ampliou nesta quinta-feira a pena para os condenados por pedofilia para até 30 anos de prisão, após um documentário sobre abusos contra menores cometidos dentro da Igreja católica polonesa que causou uma onda de indignação.

Os legisladores aprovaram, por 263 votos contra três, uma série de alterações no código penal que também prevê prisão perpétua para os pedófilos mais perigosos e elimina a prescrição para os casos mais graves de abusos a menores.

O projeto de lei foi apresentado pelo partido do governo, Direito e Justiça (PiS, conservador), um firme aliado da poderosa Igreja católica na Polônia.

As modificação ocorrem dez dias antes das eleições para o Parlamento Europeu, às quais o PiS e a Coalizão Europeia - composta por vários partidos de oposição - aparecem quase empatados nas pesquisas.

O estopim para a nova lei foi um documentário revelando atos de pedofilia dentro da Igreja católica na Polônia.

O documentário de duas horas, realizado pelos irmãos Tomasz e Marek Sekielski e visto 18 milhões de vezes no Youtube desde o sábado, inclui imagens obtidas com câmera oculta nas quais as vítimas, agora adultos, se confrontam com padres que lhes agrediram sexualmente há décadas.

Muitos padres admitem os fatos e pedem perdão, em alguns casos até oferecendo compensação financeira.

O documentário também revela como alguns padres envolvidos e até condenados por abuso de menores foram transferidos para outras paróquias e continuaram exercendo suas funções e trabalhando com meninos.

Após ver o documentário, nesta quinta-feira, o primaz da Igreja na Polônia, Wojciech Polak, pediu desculpas "por qualquer danos provocado por pessoas da Igreja" e se comprometeu a criar um "fundo de solidariedade" para proporcionar "ajuda concreta" às vítimas, enfatizando que não se trata de um fundo de indenização.

"No que diz respeito às indenizações, devemos nos orientar pelas leis em vigor na Polônia", declarou Polak ao canal TVN24.

A Igreja polonesa admitiu em março que quase 400 religiosos cometeram abusos sexuais contra menores nas últimas três décadas.


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