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Estado de Minas

OMC: número de casos de demência vai triplicar até 2050


postado em 14/05/2019 13:01

Ter uma vida saudável reduz o risco de demência, recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS), que calcula que o número de pessoas que sofrem dessa síndrome, causada em grande parte pela doença de Alzheimer, deve triplicar até 2050.

Fazer exercícios físicos, seguir uma dieta mediterrânea, não fumar, reduzir o consumo de álcool, monitorar diabetes e colesterol... em resumo, viver uma vida saudável reduz o risco de demência, segundo a OMS, que não chega a quantificar esta diminuição.

"As evidências científicas reunidas confirmam o que suspeitamos há algum tempo, que o que é bom para o coração também é bom para o cérebro", observou o diretor da OMS, o dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, em um comunicado.

A OMS estima que, no conjunto da população, entre 5 e 8% das pessoas com 60 anos ou mais têm demência em algum momento.

A demência é um problema de saúde pública em rápido crescimento devido ao envelhecimento da população, afetando aproximadamente 50 milhões de pessoas em todo o mundo.

Segundo as previsões, esse número deve triplicar até 2050, atingindo 152 milhões de pessoas, alertou a OMS.

A doença de Alzheimer é a causa mais comum de demência e acredita-se que cause 60 a 70% dos casos, de acordo com a agência.

A idade é o principal fator de risco para o declínio cognitivo, mas a demência "não é uma consequência natural ou inevitável da velhice", ressalta a OMS.

"Sabemos que existem fatores de risco para a demência que podemos mudar", explicou o Dr. Neerja Chowdhary, do Departamento de Saúde Mental da OMS, em entrevista coletiva.

Vários estudos recentes constataram uma ligação entre o desenvolvimento de déficit cognitivo e a demência, e os fatores de risco ligados ao estilo de vida, como inatividade física, tabagismo, dietas alimentares pouco saudáveis e o consumo nocivo de álcool, segundo a agência especializada da ONU.

Alguns distúrbios, como hipertensão, diabetes, colesterol alto, obesidade e depressão, estão associados a um risco aumentado de demência. Outros fatores de risco que podem ser mudados são o "isolamento social e a inatividade cognitiva", aponta a OMS.

A OMS pede a implementação de uma estratégia pública para prevenir a doença.

Cerca de 60% das pessoas com demência vivem em países de baixa e média renda, mas "esses países são os menos preparados para lidar com essa carga crescente", revelou Chowdhary.

A demência gera custos adicionais para as famílias, mas também para os governos, bem como uma perda de produtividade para as economias, de acordo com a OMS.

Em 2015, o custo social global da demência foi estimado em US$ 818 bilhões em todo o mundo, ou 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Espera-se que suba para US$ 2 trilhões em 2030.


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