Os Estados Unidos pressionaram o líder militar do Sudão nesta quarta-feira a chegar a um acordo com os manifestantes, que ameaçam uma campanha de desobediência se o governo não for entregue aos civis.
O subsecretário de Estado John Sullivan falou ao telefone com o general Abdel Fattah al-Burhan, presidente do conselho militar, e expressou seu apoio às "aspirações do povo sudanês por um futuro livre, democrático e próspero", disse o Departamento de Estado.
Sullivan encorajou o líder militar a "avançar rapidamente em direção a um governo interino liderado por civis" e chegar a um acordo com o grupo de oposição Aliança por Liberdade e Mudança.
Pediu também que o conselho militar "respeite os direitos humanos de todas as pessoas" e "permita que os protestos pacíficos e a liberdade de expressão sejam compatíveis com as obrigações dos direitos humanos do Sudão", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Morgan Ortagus
Milhares de pessoas permanecem acampadas do lado de fora do quartel militar em Cartum, quase um mês depois de o Exército ter derrubado o veterano líder autocrático Omar al Bashir, uma demanda importante por protestos causados pelo aumento do preço do pão e protagonizadas por jovens.