O Palácio do Planalto confirmou, nesta terça-feira, que cerca de 25 militares da Venezuela pediram asilo à embaixada brasileira e que foram recebidos pelo Brasil. O governo brasileiro não revela, por enquanto, a identidade dos militares que foram acolhidos. A decisão de recebê-los foi do presidente Jair Bolsonaro.
Embora a leitura inicial desse gesto seja de que autoridades militares começariam a se desgarrar do Nicolás Maduro, o que reforçaria a situação do presidente autoproclamado Juan Guaidó, fontes do Planalto ressaltam que não há dados concretos que possibilitem essa conclusão.
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Serviços de saúde relatam 69 feridos em rebelião militar na VenezuelaMilitar em rebelião contra Maduro: 'Somos povo e estamos cansados'Militares venezuelanos pedem asilo na embaixada do Brasil em CaracasA situação seguia muito instável no fim da tarde na Venezuela, conforme relatou uma fonte do Planalto. Daí a cautela em se afirmar que melhorou a situação do grupo que apoia Guaidó.
Confronto nas ruas
De manhã, com a ajuda de militares, Juan Guaidó deixou a prisão domiciliar e conclamou a população às ruas para derrubar o presidente Nicolás Maduro. Uma espécie de gabinete de crise foi montado no Planalto para acompanhar de perto a situação e repassar as informações para o presidente Jair Bolsonaro. O vice-presidente, Hamilton Mourão, disse acreditar que a Venezuela entrou em um "caminho sem volta".
De manhã, com a ajuda de militares, Juan Guaidó deixou a prisão domiciliar e conclamou a população às ruas para derrubar o presidente Nicolás Maduro. Uma espécie de gabinete de crise foi montado no Planalto para acompanhar de perto a situação e repassar as informações para o presidente Jair Bolsonaro. O vice-presidente, Hamilton Mourão, disse acreditar que a Venezuela entrou em um "caminho sem volta".
Guaidó afirmou que tem o apoio das Forças Armadas, mas Maduro rebateu que o alto comando é fiel a ele. Nas ruas, houve confronto. Em um momento, quando pessoas tentavam invadir uma base militar, um tanque avançou contra o grupo.