Os pais do jovem que supostamente matou uma mulher e feriu outras três pessoas em uma sinagoga na Califórnia chamaram suas ações de "malignas" e disseram desconhecer as razões que o levaram a fazer o ataque.
"Estamos chocados e profundamente tristes com o terrível ataque à sinagoga Chabad", em Poway, perto de San Diego, disseram os pais de John Earnest em um comunicado divulgado por seu advogado.
"Mas essa tristeza empalidece em comparação com a dor e a angústia que nosso filho causou a tantas pessoas inocentes."
"Ele matou e feriu os fiéis que estavam reunidos em um lugar sagrado em um dia sagrado, para nossa grande vergonha, é parte da história do mal que foi perpetrado contra o povo judeu por séculos", acrescentaram.
Ernest, de 19 anos, que afirmou ser antissemita e islamofóbico, abriu fogo com um fuzil no último dia da Páscoa, disseram autoridades.
O ataque ocorreu exatamente seis meses depois que um supremacista branco matou 11 pessoas em um ataque em uma sinagoga em Pittsburgh, na Pensilvânia, o pior contra um local de culto judeu na história dos EUA.
Antes do ataque de domingo, que deixou o rabino entre os feridos, Ernest publicou um manifesto na Internet no qual ele reivindicou a responsabilidade por um incêndio criminoso em uma mesquita na área semanas antes.
"As ações de nosso filho foram motivadas por pessoas que não conhecemos, com ideias que não apoiamos", disse ele em um comunicado. "Como nossos outros cinco filhos, ele foi criado em uma família, crença e comunidade em que o ódio é rejeitado e ensina que o amor deve ser a motivação para tudo o que fazemos."
"A maneira pela qual nosso filho foi atraído por essas trevas é um mistério aterrorizante para nós, embora acreditemos que as autoridades descobrirão detalhes do caminho que ele tomou para alcançar esse ato maligno e desprezível", acrescentaram.