A Rússia mantém 236 presos políticos, um aumento significativo em comparação há alguns anos, enquanto o presidente Vladimir Putin realiza uma ofensiva contra seus principais opositores, informou um relatório de advogados ligados aos Direitos Humanos nesta segunda-feira.
Segundo o Memorial, um movimento da sociedade civil que apoiou o estudo, a deterioração da situação na Rússia é evidente quando o número é comparado com os 46 presos políticos que havia em fevereiro de 2015.
O relatório, liderado pela Perseus Strategies - uma firma de advocacia focada em direitos humanos com sede em Washington - disse que 236 pessoas poderiam ser identificadas como prisioneiras políticas, embora o número possa ser "muito maior".
Segundo o estudo, juntamente à oposição política, as autoridades russas também atacam líderes religiosos e minorias étnicas, defensores dos direitos dos gays, jornalistas e, acima de tudo, ativistas ucranianos contra a decisão da Rússia em 2014 de anexar a península da Crimeia.