O secretário de Estado, Mike Pompeo, disse nesta segunda-feira que a Rússia buscará interferir nas futuras eleições nos Estados Unidos e prometeu que Washington tentará frustrar seus esforços.
Perguntado se ele acreditava que a Rússia tentaria influenciar as eleições nos EUA no ano que vem, Pompeo disse que no passado houve essa ameaça e que ela existirá por décadas.
Suas declarações vêm após a publicação do tão aguardado relatório do promotor especial, Robert Mueller, cuja investigação revela que Moscou tentou influenciar a campanha presidencial de 2016 em favor de Donald Trump.
O chefe da diplomacia americana disse que espera uma atitude semelhante da Rússia em 2020, mas criticou que Washington se surpreenda com o papel de Moscou.
"Não se pode deixar de dizer que (os russos) também foram uma ameaça em nossas eleições de 1974 e interferiram em nossas eleições nos anos 80", disse Pompeo a um fórum do jornal The Hill.
"O fato dessa cidade parecer chocada com o fato de nos preocuparmos com os russos - naquele caso, a União Soviética - parece surpreendente para mim", disse ele. "E devemos esperar que em 2050 os russos continuem com isso".
O presidente Trump "orientou todos nós a sermos incrivelmente focados" para combater a interferência da Rússia e de outros adversários, disse.
A investigação de Mueller, que perturba Trump desde que ele assumiu o cargo, documentou as tentativas generalizadas da Rússia de influenciar as eleições, mas não provou um conluio entre a campanha de Trump e Moscou.
Desde então, o presidente expressou sua irritação com o Partido Democrata, por desafiá-lo com a interferência da Rússia, insistindo que ele ganhou as eleições por seus próprios méritos.
A Rússia nega a ingerência eleitoral e acusa os Estados Unidos de intervenções que considera injustas em assuntos internos de países como a Venezuela.