Os advogados de Julian Assange apresentaram uma demanda num tribunal da Espanha contra cidadãos do país acusados de extorquir o fundador do Wikileaks e contra a chancelaria equatoriana, informou neste sábado uma fonte ligada ao caso.

Assange, que viveu sete anos sem sair da embaixada do Equador em Londres, na qual buscou refúgio para evitar a extradição para a Suécia por acusações de agressão sexual, foi detido em 11 de abril após o governo equatoriano encerrar seu asilo.

O fundador do Wikileaks, de 47 anos, que revelou desde segredos militares dos Estados Unidos até sonegação fiscal de milionários, aguarda agora sentença por não ter seguido as condições de sua liberdade condicional no Reino Unido em 2012.

De acordo com a imprensa espanhola, quatro cidadãos do país possuem vídeos e documentos pessoais de Assange, obtidos através de funcionários da embaixada equatoriana, que teriam captado as imagens através de câmeras de segurança do local, além de registrar em fotos documentos e a rotina do jornalista no prédio diplomático.

Ainda segundo a imprensa, os acusados tentaram aparentemente obter três milhões de euros do Wikileaks para não divulgar esse material.