Um áudio divulgado ontem pela imprensa peruana pode levar a mais discussões sobre o nível de envolvimento do ex-presidente peruano Alan García, que se matou após receber ordem de prisão, no caso de corrupção envolvendo a Odebrecht. A conversa gravada ocorreu entre Erasmo Reyna, advogado do partido Apra, de García, e o ex-diretor da construtora brasileira Jorge Barata, que presta declarações sobre as acusações.
O diálogo entre os dois tratou justamente da morte de García e ocorreu, segundo a divulgação, na terça-feira após o depoimento de Barata, em Curitiba. Nele, Reyna aborda Barata e afirma que García tinha "muito respeito" pelo ex-diretor. "E eu para com ele. Respeito e admiração", respondeu Barata.
Pouco depois, Reyna fala sobre a acusação de que García pediu dinheiro à Odebrecht para sua campanha em 2006. "Ele nunca lhe pediu nenhum favor. É uma vítima de tudo isso." Ao que Barata responde: "Eu sei".
Nos bastidores, a questão é a intenção da defesa em desvincular o nome de García dos casos de suborno da Odebrecht para financiamento de campanhas eleitorais.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo..