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Estado de Minas

Papa lamenta vítimas do Sri Lanka e pede fim das 'injustiças e violência' na Venezuela


postado em 21/04/2019 14:31

O papa Francisco manifestou sua "tristeza" após os letais atentados no Sri Lanka neste Domingo de Páscoa e reivindicou o fim "das injustiças sociais, dos abusos e a violência" na Venezuela, assim como uma "solução pacífica e negociada" na Nicarágua.

De acordo com o último balanço, 207 pessoas morreram hoje, entre elas dezenas de estrangeiros, em uma série de explosões e, hotéis de luxo e igrejas no Sri Lanka, onde aconteciam missas de Páscoa.

"Soube com tristeza da notícia dos graves atentados, que, justo hoje, dia de Páscoa, trouxeram luto e dor a várias igrejas e outros lugares de reunião no Sri Lanka", declarou o papa, na Basílica de São Pedro do Vaticano, diante de uma multidão de 70.000 pessoas, logo após a tradicional bênção "Urbi et Orbi".

Francisco manifestou sua "afetuosa proximidade da comunidade cristã, atingida enquanto estava recolhida e em oração, e de todas as vítimas de uma violência tão cruel".

Em janeiro de 2015, o sumo pontífice visitou a ilha do Sri Lanka. No sermão feito àquela data, defendeu a liberdade de culto em um país muito marcado pelas tensões étnicas e inter-religiosas.

Hoje, pela manhã, oficiou a missa de Páscoa na praça de São Pedro - o momento litúrgico mais importante da tradição cristã, que evoca a ressurreição de Cristo - e depois saudou a multidão. Ao meio-dia, pronunciou sua mensagem de Páscoa, na qual se referiu a diversos lugares do mundo marcados pela violência.

- 'Crise que se agrava' -

O papa lembrou dos latino-americanos que "sofrem as consequências de situações políticas e econômicas difíceis" e disse pensar especialmente no povo da Venezuela - com "tantas pessoas carentes das condições mínimas para levar uma vida digna e segura, devido a uma crise que continua e se agrava".

"Que o Senhor conceda aos que têm responsabilidades políticas trabalhar para pôr fim às injustiças sociais, aos abusos e à violência e para tomar medidas concretas que permitam sanar as divisões e dar à população a ajuda de que necessita", pediu.

O papa também deu palavras de alento para o diálogo que acontece na Nicarágua para sair da crise política, após um ano de protestos contra o governo.

"Que o Senhor ressuscitado ilumine os esforços que estão sendo realizados na Nicarágua para encontrar o quanto antes uma solução pacífica e negociada em benefício de todos os nicaraguenses", afirmou Francisco.

- Contra a 'indiferença' -

Em sua mensagem, o sumo pontífice destacou a situação em que vivem os civis em zonas de conflito como Líbia, Síria, ou Sudão do Sul.

O papa Francisco pediu que se encontre soluções pacíficas para que "as armas parem de ensanguentar a Líbia" e que "se favoreça o retorno" dos refugiados na Síria. Também pediu a "reconciliação" no Sudão do Sul.

"Que as armas parem de ensanguentar a Líbia, onde, nas últimas semanas, pessoas indefesas voltam a morrer e muitas famílias se veem obrigadas a deixarem suas casas", afirmou o papa.

"Peço às partes envolvidas que escolham o diálogo em lugar da opressão, evitando que se abram de novo as feridas provocadas por uma década de conflito e instabilidade política", disse.

Os combates ganharam intensidade neste sábado, às portas de Trípoli, após o anúncio das forças leais ao governo de união nacional (GNA) de uma "fase de ataque" contra as tropas do marechal Khalifa Haftar, mobilizadas para conquistar a capital líbia.

O papa, que acompanha de perto a situação na Síria, também lamentou que o povo sírio, "vítima de um conflito que continua e ameaça nos fazer cair na resignação e até na indiferença".

"Em contrapartida, é hora de renovar o compromisso a favor de uma solução política que responda às justas aspirações da liberdade, de paz e de justiça, à beira da crise humanitária e favoreça o retorno seguro das pessoas deslocadas, assim como dos que se refugiaram nos países vizinhos, especialmente no Líbano e na Jordânia", acrescentou.

Além disso, o sumo pontífice voltou a pedir ao presidente sul-sudanês, Salva Kiir, e ao chefe rebelde, Riek Machar, que se comprometam com a "reconciliação da nação".

Kiir e Mashar se reuniram há pouco no Vaticano para um retiro espiritual de dois dias.

"Que se abra uma nova página na história do país, na qual todos os atores políticos, sociais e religiosos se comprometam ativamente pelo bem comum e pela reconciliação da nação", pediu o papa neste domingo, em sua mensagem de Páscoa.

Diante de tanto sofrimento, voltou a pedir "o fim da corrida de armamentos e da propagação preocupante das armas", especialmente nos países mais desenvolvidos.


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