O procurador especial Robert Mueller, encarregado da investigação sobre o "Russiagate", disse não estar "em condições" de isentar o presidente americano, Donald Trump, das suspeitas de obstrução de Justiça, em seu relatório divulgado nesta quinta-feira (18).
"Se tivéssemos certeza, após uma investigação rigorosa, que o presidente não cometeu, claramente, obstrução de Justiça, nós diríamos. Com base nos fatos e nos padrões legais aplicáveis, não estamos em condição de fazer essa avaliação", escreve o procurador Mueller.
O relatório foi divulgado hoje pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, com vários trechos censurados para, segundo o governo, proteger dados confidenciais.
Com mais de 400 páginas, o documento foi editado pelo procurador-geral dos EUA, Bill Barr, para proteger as investigações, assim como as fontes.
O presidente Donald Trump comemorou a divulgação do documento, afirmando, mais uma vez, que a investigação foi "uma fraude".
"Hoje estou tendo um dia bom", disse Trump, depois que o Departamento de Justiça publicou o relatório, fruto de uma investigação de 22 meses.