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Estado de Minas

Francesa Engie espera crescer após compra de gasodutos da TAG no Brasil


postado em 08/04/2019 13:31

A empresa francesa de energia Engie espera rentabilizar sua recente compra da rede de gasodutos de TAG no Brasil, em um contexto de aumento da demanda de gás no país.

A Petrobras anunciou na sexta-feira que aceitou a oferta da Engie e do fundo canadense CDPQ para a venda de 90% da rede de gasodutos da Transportadora Associada de Gás (TAG) por 8,6 bilhões de dólares.

A Engie estava interessada há muito tempo na compra, que também era desejada por outras empresas do setor energético.

A operação deve ser concluída até o fim do primeiro semestre. O grupo francês terá 49,3% da TAG, uma operação para a qual o grupo prevê um impacto de 1,6 bilhão de euros em sua dívida.

"A TAG é um elemento que contribuirá para o crescimento de nosso grupo", declarou a diretora geral da Engie, Isabelle Kocher. "É um ativo que é muito lucrativo e que será ainda mais".

A rede tem 4.500 quilômetros no Brasil e representa quase metade das infraestruturas de gás do país.

A compra é parte do novo plano estratégico da Engie, que prevê até 12 bilhões de euros de investimentos nos próximos três meses, incluindo 3,3 bilhões em infraestruturas.

Desde 2016, a empresa, que já teve o nome GDF Suez, se concentra nas energias renováveis, gás, serviços energéticos e nas atividades com preço regulamentado ou fixado por contrato, menos arriscadas do que aquelas expostas aos preços de mercado.

"A dinâmica da demanda de gás no Brasil continuará aumentando, muito provavelmente até 2035", disse Isabelle Kocher, ao destacar a importância do desenvolvimento econômico e demográfico do país.

No Brasil, o gás é usado como substituto do carvão e do diesel, mais poluente, e a rede poderia servir para transportar os chamados "gases verdes".

"É um ativo que é essencial para a transição energética de um país rumo ao carvão zero", disse Kocher.

"Também é um investimento industrial para a Engie", destacou.

Após um período de transição de três anos, a Engie administrará diretamente 100% da infraestrutura. O grupo espera melhorar sua eficácia e rentabilidade graças, entre outros investimentos, à digitalização.

"A rede TAG é um complemento muito importante para nossas atividades brasileiras", disse Kocher.

O Brasil é um dos 20 países que a Engie considera estratégicos. O grupo francês é a maior empresa de energia elétrica privada no país, com uma importante produção de energia renovável graças, em particular, às hidrelétricas.

Para a Petrobras, a venda da TAG, na qual conservará uma participação de 10%, também é importante.

A empresa, envolvida nos últimos anos em um grande escândalo de corrupção, espera poder vender ativos por um total de 27 bilhões de dólares para reduzir sua dívida e se concentrar nas atividades de petróleo.


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