A Justiça deu um prazo de duas semanas para o presidente executivo da Tesla, Elon Musk, e a Securities and Exchange Comission (SEC) resolverem se o bilionário violou um acordo de fraude com órgão regulador, sobre seus tuítes polêmicos. A notícia é do jornal The New York Times. Nesta quinta-feira, 4, Musk esteve em uma audiência no tribunal federal de Manhattan sobre o caso.
De acordo com a reportagem, a juíza Alison Nathan, do tribunal federal de Manhattan, disse para ambos os lados terem bom senso e "respirarem fundo".
Segundo a agência de notícias Reuters, o tribunal também ordenou que o Elon Musk e a SEC tenham um encontro de pelo menos uma hora para tentarem resolver as preocupações do órgão regulador com o uso irresponsável do Twitter pelo executivo.
Entenda o caso
Musk é acusado de violar um acordo com a SEC feito em outubro de 2018, após o bilionário postar em sua conta pessoal no Twitter que cogitava tirar a empresa da Bolsa caso o preço da ação batesse US$ 420. O acordo dizia que Musk só poderia publicar na rede social com um monitoramento prévio feito pela Tesla.
A SEC acusou o executivo de violação em fevereiro deste ano, porque ele publicou informações relevantes sobre a Tesla no Twitter sem pedir a aprovação de advogados da empresa. A batalha diz respeito a um tuíte que Musk postou para seus mais de 24 milhões de seguidores no Twitter: "A Tesla fabricou 0 carros em 2011, mas fará cerca de 500 mil em 2019"
Quatro horas depois, Musk se corrigiu, dizendo que a produção anual provavelmente seria de cerca de 500 mil até o final do ano, com entregas no ano totalizando 400 mil.
Os advogados de Musk argumentaram que o tuíte anterior apenas reafirmava uma previsão que ele havia feito em 30 de janeiro, quando disse que a produção do Model 3 poderia totalizar entre 350 mil e 500 mil veículos.
Em uma entrevista em dezembro ao programa "60 Minutes", da CBS, Musk disse que não tem respeito pela SEC.