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Estado de Minas

Netanyahu volta a Israel com cessar-fogo declarado pelo Hamas


postado em 26/03/2019 10:31

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu retorna a Israel, nesta terça-feira, de Washington, depois que o movimento islamita Hamas anunciou um cessar-fogo para encerrar uma perigosa escalada da violência na Faixa de Gaza.

As forças israelenses e os grupos armados palestinos prosseguiram com as hostilidades iniciadas na segunda-feira à noite até as primeiras horas desta terça, apesar do anúncio do cessar-fogo.

As hostilidades começaram depois que um foguete disparado do sul da Faixa de Casa atingiu uma casa ao norte de Tel Aviv, ferindo sete pessoas, no domingo à noite.

Em resposta, aviões, helicópteros e tanques israelenses abriram fogo, segundo os militares israelenses, contra dezenas de alvos no território sob bloqueio israelense, encravado entre Israel, Egito e o Mediterrâneo.

Os palestinos, por sua vez, dispararam dezenas de foguetes e morteiros em direção ao território israelense, constatou a AFP em Gaza.

Sete palestinos ficaram feridos nos ataques israelenses, segundo as equipes médicas. Esta nova escalada de violência em Gaza aumentou o temor de uma nova guerra entre o Hamas e Israel, que já travaram três guerras desde 2007.

As forças israelenses destruíram o escritório de Ismail Haniyeh, líder do Hamas, bem como dois edifícios usados pelos serviços de inteligência e para atividades militares do movimento islamita, segundo Israel.

- 'Amendoins' -

No território palestino, dizimado pelas guerras, a pobreza e o bloqueio israelense e egípcio, bem como nas localidades israelenses próximas ao enclave, as pessoas se perguntam o que irá acontecer.

"Uma guerra é possível", diz Esmat Bekheet, uma opinião compartilhada por outros moradores de Gaza. "Temo uma escalada", afirma Hazem Mattar.

Do outro lado do muro de segurança israelense, de vários metros de altura, um habitante de Sderot, onde uma casa foi danificada pelas hostilidades da noite, acusa os líderes políticos de abandonar o povo e de se preocupar apenas quando um foguete cai perto de Tel Aviv.

"Os (foguetes) Qasam são o que para eles? Nada, amendoins. 80% das pessoas vive com medo", lamenta Yossi Timsi.

O Hamas anunciou na segunda à noite uma trégua com Israel, concluída graças a mediação egípcia. Mas o Estado hebreu não confirmou o cessar das hostilidades.

As escolas permaneciam fechadas nesta terça em algumas localidades israelenses perto de Gaza. As autoridades limitaram as reuniões ppublicas. Colégios, bancos e escritórios do governo não abriram na Faixa de Gaza.

Ao embarcar de volta ao seu país, Benjamin Netanyahu não informou sobre os próximos passos, se limitando a dizer que "estamos respondendo de maneira enérgica".

Ele alertou, porém, que está disposto a ordenar uma ofensiva terrestre de alto risco no enclave.

A visita de Netanyahu aos Estados Unidos, onde se reuniu com o presidente Donald Trump, serviu para reforçar a imagem de liderança do primeiro-ministro, que está prestes a encarar eleições legislativas em 9 de abril.

Netanyahu se queixou que a imprensa estava dando mais importância à situação em Gaza do que ao anúncio de Trump, que oficializou o reconhecimento da soberania israelense sobre parte das colinas de Golã.


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