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Estado de Minas

Pompeo e Netanyahu reiteram unidade diante de Irã durante campanha eleitoral israelense


postado em 20/03/2019 17:13

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, reiterou nesta quarta-feira seu apoio irrestrito a Israel e concordou com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que nenhuma "agressão" iraniana ficará sem resposta durante a visita que coincide com a campanha eleitoral israelense.

A pressão americana contra o regime iraniano está funcionando e "nós temos que aumentá-la, temos que estendê-la", declarou Netanyahu após a reunião.

"Estados Unidos e Israel cooperam em estreita coordenação contra os atos de agressão iranianos na região e no mundo", disse em uma declaração conjunta.

O presidente Donald Trump decidiu retirar os Estados Unidos do histórico acordo sobre o programa nuclear iraniano negociado arduamente pelas potências internacionais e assinado em 2015.

Diante das críticas de seus aliados europeus, Washington organizou uma conferência internacional em Varsóvia, assistida por países árabes e Israel, entre outros, e em que foram abordadas estratégias para "acabar com a devastação regional iraniana".

Pompeo lembrou das reiteradas ameaças iranianas para "apagar Israel do mapa".

"Com ameaças desse tipo, uma realidade diária na vida israelense, mantemos nosso compromisso inquebrantável com a segurança de Israel e firmemente apoiamos seus direitos a se defender", informou.

A visita foi amplamente interpretada, porém, como um sinal de apoio ao chefe de governo israelense, que aspira a renovar seu mandato nas eleições de 9 de abril. Ainda mais quando há nenhum encontro planejado com os adversários de Netanyahu.

Pompeo chegou a Jerusalém proveniente do Kuwait, como parte de uma viagem pelo Oriente Médio destinada a reforçar a ofensiva anti-iraniana.

O objetivo americano com os países árabes da região é a criação de uma Aliança Estratégica.

Pompeo e seu homólogo do Kwait, xeque Sabah al Jaled al Sabah, insistiram que para isso a crise entre Catar e Arábia Saudita precisa acabar.

Esta disputa que dura quase dois anos "não é do interesse nem da região nem do resto do mundo", insistiu Pompeo.

"Todos enfrentamos as mesmas ameaças", por parte dos jihadistas do grupo Estado Islâmico e da Al-Qaeda, como também da "República Islâmica do Irã", acrescentou.

- Golã, 'controlado', e não 'ocupado' -

Pompeo deve visitar em Jerusalém a embaixada dos Estados Unidos, trasladada de Tel Aviv por ordem do presidente Donald Trump.

Para demonstrar ainda mais essa proximidade, Netanyahu viajará depois a Washington, onde será recebido por Trump, e participará na reunião anual do grande lobby pró-israelense nos Estados Unidos, o AIPAC (American Israel Public Affairs Committee).

A Casa Branca apresentará algumas semanas depois das eleições em Israel seu plano de paz israelo-palestino.

Nesta viagem, Pompeo não se reunirá com a Autoridade Palestina.

"Primeiro teriam que querer conversar. Seria um começo", ironizou.

Os dirigentes palestinos se recusam a manter contatos com o governo Trump por sua decisão de transferir a embaixada para Jerusalém.

Desde então, a tensão aumentou. O Departamento de Estado cortou a quase totalidade da ajuda aos palestinos e mantém pouca clareza em alguns temas sensíveis.

Um informe sobre os direitos humanos no mundo publicado na semana passada pela diplomacia americana se refere ao Golã sírio como que está "controlado", e já não mais "ocupado" por Israel, um passo que alguns interpretam como o prelúdio ao reconhecimento por parte dos Estados Unidos da soberania israelense nessa região estratégica.

Uma mudança semântica similar foi constatada no ano passado sobre o tema da Cisjordânia, que já não foi designada como "ocupada".

Washington insiste em que não mudou de política, mas se nega a reiterar qual é essa política.

"As palavras são o reflexo dos fatos, tal como os entendemos", respondeu Pompeo aos jornalistas, ao ser questionado sobre o assuntos.

"É uma declaração factual de como vemos a situação, e pensamos que é muito precisa", acrescentou.

Depois de sua estada em Jerusalém, Pompeo pretende viajar a Beirute, cujo governo, dirigido pelo primeiro-ministro Saad Hariri, conta com ministros do movimento xiita Hezbollah, considerado por Washington como organização "terrorista".


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