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Estado de Minas

Base de Alcântara: a grande aposta Brasil na corrida espacial


postado em 18/03/2019 19:50

A base de Alcântara, objeto de um acordo entre Estados Unidos e Brasil, é há décadas a grande aposta do país para participar da corrida espacial, embora atrasos agravados por um grave acidente em 2003 tenham limitado seu uso ao lançamentos de sondas, sem colocar em órbita nenhum satélite.

Com o acordo de salvaguardas tecnológicas que permitirá a exploração comercial da base pelos Estados Unidos, o Brasil vai entrar no milionário negócio do lançamento de satélites que, em 2017, movimentou 3 bilhões de dólares, segundo dados da Administração Federal da Aviação dos Estados Unidos (FAA).

No estado do Maranhão (norte), a base de Alcântara, com extensão de 620 km2, tem a localização ideal para lançamentos, pois está muito próxima na linha do Equador (a 2°18' de latitude sul), o que permite economizar até 30% do combustível ou mais carga.

Suas características fazem deste complexo um possível concorrente do centro espacial de Kourou, na Guiana Francesa.

No fim do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), Brasil e Estados Unidos chegaram a um acordo para o uso de Alcântara, que foi bloqueado pelo Congresso brasileiro, por considerar que ameaçava a soberania nacional, criando uma zona que seria administrada pelos Estados Unidos, na prática.

O novo acordo, assinado durante a visita do presidente Jair Bolsonaro a seu homólogo Donald Trump e que deverá ser ratificado por ambos parlamentos, modifica o de 2000, limitando-se a dizer que será uma zona de acesso restrito.

O ministro brasileiro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, comparou na noite de domingo a futura situação legal de Alcântara à de um quarto de hotel.

"Imagina que você trouxe uma tecnologia para o seu quarto. Você tem a chave, e eu, como dono do hotel, posso entrar se precisar", afirmou.

O programa brasileiro teve vários incidentes, como o que ocorreu em 2003, quando um foguete VSL explodiu na plataforma de lançamento causando a morte de 21 técnicos e a destruição de parte das instalações.

Em 2003, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) assinou um acordo com a Ucrânia para lançar satélites daquela base. Mas em 2015 sua sucessora Dilma Rousseff (2011-2016) encerrou essa parceria, argumentando que houve uma mudança nas condições tecnológicas e econômicas.


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